Dragon Ball Super – Broly: crítica

Publicidade

Sabe aquela frase “Isso aqui é muito Dragon Ball”, que costumamos dizer quando estamos assistindo (ou lendo) alguma coisa com batalhas homéricas, mudanças na geografia do planeta e “rajadões” cósmicos vistos do outro hemisfério? Pois é, Dragon Ball Super: Broly é muito Dragon Ball.

O primeiro filme do universo Super, a continuação da saga de Goku e companhia vista na televisão finalmente deu as caras. E antes que você venha com pedras, tanto A Batalha dos Deuses quanto O Renascimento de Freeza, os dois filmes mais recentes de Dragon Ball, fazem parte, na verdade, do universo Z da franquia (só checar o pôster, vai lá).

De volta ao longa, ele coloca no mapa, agora de forma canônica, um dos personagens mais famosos e poderosos de toda a franquia. Isso é um feito bastante importante, principalmente para quem acompanha as aventuras de Dragon Ball Super pelo Cartoon Network, ou acompanhou via Crunchyroll, porque traz de volta o personagem que serviu de inspiração para uma das guerreiras do Universo 6, Kale, a irmã tímida e superpoderosa de Caulifla.

Existem inúmeras diferenças entre a versão do filme original e a atual. Aliás, o novo filme funciona como um reboot para o personagem, que ganhou mais personalidade e um novo propósito, muito melhor que a simples insanidade protagonizada pelo personagem clássico por conta de não aguentar sequer ouvir a voz de Son Goku, se me permitem a opinião.

Resumindo brevemente a história (e sem spoilers) temos uma continuação direta do anime com Broly. Com o fim do Torneio do Poder, a paz voltou a reinar no planeta e Goku e Vegeta continuam suas sessões de sparring diárias. Todos ainda estão um pouco receosos com o paradeiro de Freeza, que pode atacar a qualquer instante, mas nada que tire o sono de ninguém.

Já nas profundezas do espaço sideral, encontramos uma nave com dois tripulantes do exército de Freeza indo de encontro a um sinal de socorro de uma espaçonave presa num planeta desolado. Lá eles encontram dois saiyajin, Paragas e Broly, que estavam perdidos há décadas sem nenhuma possibilidade de retorno ao planeta natal deles.

Papinho aqui e ali, Paragas se alista ao exército de Freeza e ao lado de Broly, vão para a Terra demonstrar o poder de um dos saiyajin mais selvagens que já apareceu no universo. E daí em diante vocês meio que já sabem o que acontece por conta dos trailers do filme, né?

O que vale a pena ressaltar é a nova origem do personagem, que gera uma luz de esperança para que ele, um dia, possa se tornar uma figura recorrente das aventuras em Dragon Ball Super. Mas de uma forma um pouco mais eficiente, e não com dois filmes sequência que apenas diminuíram o personagem (filmes da cronologia antiga: Broly 2 até vai, mas Broly 3 é uma lástima, sério).

A qualidade da animação das lutas é de cair o queixo. Absolutamente nada comparado ao que é encontrado no anime tradicional e super atualizado para os padrões de animações modernas. A prova máxima de que dá para fazer bonito se o sr. Toei gastar um pouco de dinheiro. A quantidade de efeitos gerados em computação gráfica também é a maior já vista nos longas-metragens da franquia. Ao lado da nova trilha sonora, que funciona como uma espécie de “locutor” na hora de introduzir os personagens à batalha, dá o tom atualizado aos personagens, sem deturpar a sua essência.

As vozes dos personagens dublados ficaram bacanas. Temos o retorno já esperado dos dubladores da série animada em peso, mas dada a quantidade de personagens que aparecem efetivamente no filme, nem todos puderam dar as caras. No entanto, senti pouco cuidado com alguns personagens secundários, principalmente com Remo, um soldado mais experiente e parceiro de Chirai, ambos inéditos em Dragon Ball Super. Na versão original, Remo é dublado por Tomokazu Sugita, um dos seiyuus mais proeminentes do mercado japonês. Já no Brasil, não foi dada tanta importância ao personagem.

Bin Shimada, o seiyuu responsável por dar vida ao Broly do passado, retorna mais uma vez ao papel, dessa vez até com algumas frases inteiras além da gritaria comum do personagem. No Brasil, Broly foi dublado por Dado Monteiro, que também havia feito o filme original, mas é impossível não reparar que os gritos do personagem no filme dublado são, em sua maioria, do dublador japonês, o que prova que Shimada-san ainda é uma das gargantas mais imponentes do mercado, mesmo nos dias de hoje (o japonês já está com seus 64 anos de idade).

Dragon Ball Super: Broly vai te fazer gargalhar e levantar da cadeira aos gritos, tamanha a empolgação do combate entre os saiyajins. Acredite, talvez ele consiga até lhe arrancar algumas lágrimas. Fazia bastante tempo que um filme de Dragon Ball não acertava tanto quanto esse acertou. Difícil vai ser voltar à rotina com o Dragon Ball Super de sempre depois desse filme, sério.

Fonte: Jovem Nerd

Imagem: divulgação/reprodução

Sair da versão mobile