Onde está a nossa liberdade?

Claro que na situação que nos encontramos hoje, onde o Estado não consegue nos prover minimamente a segurança que constitucionalmente seria seu dever, muitos que defendem a posse flexibilizada focam na ideia de que parte deste problema seria resolvido. Neste ponto, controvérsias podem e deverão surgir e devem ser debatidas, analisadas e divulgadas. Opiniões e números estão aí para serem atacados ou defendidos, mas o que não se pode, de jeito algum é podar a liberdade individual de se proteger, tanto de bandidos, como também do próprio Estado.

Sim, a liberdade. A liberdade deve ser exigida e defendida com todas as nossas forças e,  com responsabilidade, deve ser desejo de qualquer ser democrático. Com que direito, ou moral, um Estado que não entrega o básico a seus cidadãos pode exigir que estes não tenham a liberdade de se defender, defender sua família, sua propriedade privada, seus amigos ou simplesmente outros seres humanos?

O ponto crucial da flexibilização da posse e até mesmo do porte não é a segurança somente, mas sim a liberdade de cada cidadão decidir o que é melhor para si, estando sempre sob as leis, que devem ser garantidoras destas mesmas liberdades.

Ditaduras e regimes autoritários tem sempre como um de seus primeiros atos, o desarmamento compulsório de toda a população. Comunismo, fascismo e nazismo são exemplos clássicos de regimes totalmente autoritários que desarmaram seu povo para subjugá-los. É uma das maneiras mais eficientes de deixar o cidadão indefeso a qualquer investida do Estado na usurpação de suas liberdades. Ou em algum momento você acredita que o Estado tenta proteger o cidadão de si mesmo, quando o proíbe de ter armas?

Aqui no Brasil, os números da violência cresceram assustadoramente nos últimos anos, mesmo com o Estatuto do Desarmamento estando em vigor há mais de uma década, deixando claro que o número de armas em posse dos cidadãos comuns não interfere negativamente no número de assassinatos por armas de fogo.

O que temos em nosso país, é um mercado negro e aberto de armas, onde bandidos e quem mais quiser tem livre acesso a armas ilegais, estando a população refém e desarmada.

A balela de que teríamos um bang bang cai totalmente por terra quando comparamos os números de 20 anos atrás. Hoje não temos uma Guerra, pois apenas um lado atira, enfim, temos apenas o bang, infelizmente do lado errado.

Enfim, você acredita no estado como garantidor de sua segurança?

Você acredita que o estado tenha direito de dizer o que você pode ou não possuir dentro de sua casa, seu lar, sua propriedade privada?

Por

Eduardo Passaia – Consultor em tecnologia e filiado ao Partido Novo

Imagem: reprodução/Twitter

 

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