Não vou esquecer

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Quase sempre esquecemos as boas coisas que nos acontecem. Isso facilita e estimula a murmuração e a ingratidão com a vida.

A vida já carrega tantos desafios, e nós tantas bagagens que não conseguimos largar. Na verdade, de um modo geral gostamos de competir com os outros sobre o quanto temos problemas. Parece que as pessoas sentem medo de que descubram que existe algo de bom em suas vidas.

Se alguém pergunta, já puxamos o nosso muro das lamentações e descarregamos em cima da pessoa. Mas será que não tem nada mesmo de bom acontecendo ao seu redor? Sim, com a vida dos outros também serve. Porque nosso coração tem uma baita queda por um egoísmo básico, por autocomiseração e por: – Sintam pena de mim por favor. Eu imploro.

Quando o centro é o “nosso eu”, e o “nosso meu”, esquecemos e não queremos saber da  alegria do outro, muito menos da vitória do outro, ou com o emprego do outro que é “melhor” do que o nosso, com a troca de carro do vizinho, com a família do meu primo e assim não teremos paz e os alfinetes no travesseiro só aumentam e não nos deixa dormir. São muitos os fardos que carregamos.

Tire um tempo para desalojar esse festival de maus sentimentos de dentro de você. A virose aqui tem nome, na verdade vários deles:

Ansiedade, egocentrismo, incredulidade, falta de perdão, inveja, despeito, falta de respeito, intolerância, medo, culpa, ira, tristeza, ciúmes, procrastinação, desânimo e a lista segue.

Encher a mente desse tipo de alimento, promoverá um eterno correr atrás do vento, e assim, como vou lembrar de   alguma coisa boa que tenha me acontecido e que, me faça ter esperanças?

Como vou pensar naquEle que me criou? Como vou repousar nEle?

Como vou lembrar do tempo das brincadeiras quando criança?

Como vou lembrar da casa dos meus pais? Não era perfeita, mas era o meu lar.

Como vou lembrar dos outros, dos que precisam de pão comida e de pão palavra. Pão abraço. Pão ombro.

Pensando assim, vou conseguir esquecer um pouco de mim, das minhas perdas, e me retirar do centro das atenções e lembrar que eu não sou o único ser que tem dificuldades nesta vida.

Que Deus te ajude a viver no caminho das boas lembranças. Até um livro da Bíblia chamado Lamentações propõe e confirma:

“Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança” (Lamentações 3:21)

E quanto aos seus enormes e pesados fardos? Eu sei que está cada vez mais difícil de carregar, e que assim você não tem como pensar em coisas boas, mas Jesus tem uma sugestão:

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30)

Imagem: “Solitário” – Acrílica sobre tela de algodão – Autor: Luciano Luz (clique aqui e saiba mais)

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