Deixem-me sonhar
I
Quando a noite descer suavemente
Quando o sono meus olhos fechar
Eu quero adormecer serenamente
Para poder dormir e sonhar
II
Sonhar sem surpresas e sem remorsos
Sonhar sonhos de infância vivida
Transes de momentos remotos
Coisas que ficam em nossa vida
III
Vida doada e que lentamente passa
Vida agradecida ao Deus protetor
Pássaro escarlate me conduz e me arrasa
Madrugada que já se vai e leva toda minha dor
IV
Dor de não poder mais sonhar
Dor que me alucina e me devora
Criança que não sonha mais em brincar
Dia que já desperta e me apavora
Por Múcio Amaral da Costa – advogado e poeta potiguar