YouTube muda sua política e exclui vídeos extremistas

O YouTube publicou novas diretrizes que determinam a exclusão de vídeos com visões radicais e violentas que promovam supremacia de um grupo e incitem qualquer tipo de discriminação, segregação ou exclusão. O objetivo é evitar que o serviço seja utilizado para disseminar o ódio.

A nova política também remove vídeos que neguem a ocorrência de eventos violentos muito bem comprovados e documentados, como o Holocausto. Apesar de não ter divulgado quais canais seriam excluídos, muitos usuários de extrema direita disseram ter sido afetados pela nova política.

Em nota, o YouTube afirma que a decisão foi tomada com a consultoria de especialistas em extremismo, violência, supremacia, direitos civis e liberdade de expressão. Ela impedirá, por exemplo, a publicação de vídeos de conotação neonazista, sexista e racista.

Além de excluir vídeos discriminatórios, o site também reduziu, em janeiro, a indicação de conteúdos que promovam a desinformação, como curas milagrosas e terraplanismo. Eles pretendem trazer esse sistema para mais países. Na prática, isso significa que quando alguém estiver assistindo a um vídeo sobre algum desses assuntos, em seguida ele será redirecionado para um conteúdo produzido por fontes confiáveis.

Essa não é a primeira vez que o YouTube age na remoção direta de vídeos. De janeiro a março de 2019, mais de dois milhões e oitocentos mil canais foram apagados da plataforma. Todos os vídeos postados em cada um deles também foram para o ralo, totalizando 74 milhões de vídeos excluídos.

Os vídeos também podem ser apagados individualmente, sem a necessidade de excluir todo o canal do autor. Nessa categoria, foram oito milhões e trezentos mil vídeos removidos. Nesse caso, a maioria dos vídeos foi removido antes de qualquer visualização, através da denúncia automática do site.

Todos eles violaram pelo menos uma das diretrizes do YouTube. 60,2% se tratavam de canais de spam, 20,5% apresentavam nudez ou conteúdo sexual, 9,7% foram considerados danosos à crianças e 4,3% apresentavam violência explícita.

Fonte: Revista Superinteressante

Imagem: Getty Images

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