TRT discute necessidade de governança para aperfeiçoar ações institucionais

João Augusto Ribeiro Nardes participou de seminário realizado pelo TRT-RN

O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) recebeu a visita do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), João Augusto Ribeiro Nardes, e do auditor federal de controle externo do TCU, Luiz Afonso Gomes Vieira, que ministraram seminário com o tema Governança Pública-Estruturas e Mecanismos.

O desembargador Eridson João Fernandes Medeiros presidiu a mesa de debates, que foi acompanhada por magistrados, servidores, estudantes, representantes do governo do Estado e do município de Natal, além de usuários da Justiça do Trabalho.

Inicialmente, o diretor da divisão de governança institucional do TRT-RN, Dirceu Victor Monte de Hollanda, fez uma contextualização da realidade da governança no Tribunal.

“Já avançamos alguns passos e durante a transição entre presidentes no último ano, tivemos a oportunidade de fazer uma avaliação da gestão e encontramos pontos relevantes a serem enfrentados”, explicou.

Luiz Afonso Gomes Vieira, auditor do TCU, também participou do seminário
Luiz Afonso Gomes Vieira, auditor do TCU, também participou do seminário

Entre as necessidades para os próximos anos, segundo Dirceu Monte de Hollanda, o TRT-RN deverá realizar “a regulamentação de algumas políticas como gestão de projetos, de processos de governança, de comunicação, orçamentária, contratações e de risco”.

Além disso, o TRT-RN vai “promover e executar um novo ciclo de planejamento 2021-2026”, completou o diretor.

O ministro João Augusto Ribeiro Nardes parabenizou o TRT-RN pela implantação de ações de governança na instituição.

“Fico muito feliz com a exposição do diretor de governança, pois vejo que o resultado do nosso trabalho está aparecendo em todo o país”, refletiu.

Ele explicou que tudo começou nos anos de 2012 e 2013 quando esteve na sede da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris, para aprender e trazer ao Brasil as técnicas de governança.

“As ferramentas básicas para uma boa governança podem ser definidas com um planejamento estratégico, a capacidade de avaliação-que é fundamental para estabelecer uma política pública-, e o controle de toda administração pública”, esclareceu Nardes.

Segundo o ministro, a governança ajuda as instituições no aperfeiçoamento da máquina pública.

“Governança é colocar o interesse da sociedade em primeiro plano em um somatório da liderança, da estratégia e de uma avaliação de riscos que ajudarão a passar confiança e uma expectativa positiva para as pessoas”, definiu.

Em contrapartida, o ministrou apontou a “desgovernança” como “um grande problema para o país”.

“Não se pode começar uma obra sem avaliar os riscos e sem ter a segurança de que será uma obra acabada ou inacabada. Hoje, há no Brasil, 34 mil obras inacabadas”, alertou Nardes.

Para ele, um dos grandes desafios dos lideres e governantes é ter “uma capacidade de dialogo com toda a sociedade”.

“Também é importante estabelecer o dialogo entre os três poderes. É preciso diminuir o tom de beligerância entre as lideranças em um grande pacto para encontrar um caminho para o país voltar a crescer”,avaliou Nardes.

Na segunda parte do seminário, o auditor federal de controle externo do TCU, Luiz Afonso Gomes Vieira, falou sobre a política de governança do Tribunal de Contas da União, a necessidade de realizar a gestão de riscos e sobre a política de governança pública.

Imagens: Ascom – TRT/21ª Região

Fonte: Ascom – TRT/21ª Região

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