Musical “O Frenético Dancin’Days” celebra a disco music e a década de 70 no Teatro Riachuelo

Elenco do musical "O Frenético Dancin’ Days" – Foto: Redes Sociais/Facebook

O Frenético Dancin’ Days – Foto; Divulgação

Nesta sexta (21) e sábado (22), o Teatro Riachuelo Natal, estará em ritmo de festa com o super musical “O Frenético Dancin’ Days, que revive os anos gloriosos da disco music com os maiores hits dos anos 70

Com direção musical de Alexandre Elias, o espetáculo resgata a aura mítica em torno da Frenetic Dancing’ Days Discotheque, que foi um marco na noite brasileira, especialmente a carioca, com apenas quatro meses de funcionamento, ditando moda, comportamento e celebrando a liberdade, quando o país estava em plena ditadura militar. A boate renasceu em forma de musical e, mais uma vez, a magia se fez: “O Frenético Dancin‘ Days” já foi visto por mais 100 mil pessoas na temporada de sucesso no Rio e Sampa. 

O jornalista, compositor e produtor musical, Nelson Motta, ao lado de Patrícia Andrade, assina o texto com a absoluta propriedade de quem foi um dos fundadores da boate e viveu toda a agitação que marcou o Rio de Janeiro naquela época.  

O musical conta a história da Frenetic Dancing’ Days Discoteque, boate idealizada, em 1976, pelos amigos Nelson Motta, Scarlet Moon, Leonardo Netto, Dom Pepe e Djalma. A direção geral é de Deborah Colker, que também assina as coreografias, ao lado de Jacqueline Motta. 

O musical é uma superprodução, com 17 atores e seis bailarinos – Foto: Redes Sociais/Facebook

Dance sem parar

A noite carioca fervia nos anos 70, quando a casa foi criada para inaugurar também o Shopping da Gávea. A cena disco estava explodindo em Nova York, mas ainda não tinha acontecido no Brasil. O Dancin´Days foi inaugurado em 05 de agosto de 1976 e marcou a chegada da discoteca no país. Lady Zu, Banda Black in Rio, Tim Maia, a pista da boate fervia. Na casa, se apresentaram nomes como Rita Lee (ainda com o Tutti-Frutti), Raul Seixas, Gilberto Gil. “Eu adoro dançar, eu adoro dança, tudo que se movimenta. E para dançar você precisa de música. E música boa é a junção perfeita. E não tem como o Dancin´Days não ter isso, é uma música muito boa, é a melhor. É um iluminismo!”, celebra Deborah.

Nada causou tanta sensação quanto o surgimento das Frenéticas. Contratadas inicialmente como garçonetes, elas também faziam uma breve apresentação durante a madrugada. O sucesso foi imediato: Leiloca, Sandra Pera, Lidoca, Edyr, Dhu Moraes e Regina Chaves logo abandonaram as bandejas e assumiram os holofotes. Elas foram o primeiro grupo contratado da multinacional Warner, que estava aportando no Brasil. O país inteiro cantou ‘Dancin´Days’, ‘Perigosa’, ‘O Preto que satisfaz’ (abertura da novela ‘Feijão Maravilha’, da TV Globo), entre tantas outras.

As Frenéticas foram obra do acaso e, claro, do talento de seis garotas que eram atrizes desempregadas, começaram como garçonetes do Dancin´Days e, no fim da noite, cantavam quatro músicas. Foi um estouro! o Dancin lotava só para ver as Frenéticas, que se tornaram as rainhas da discoteca no Brasil”, aponta Nelson.

Cenas do musical “O Frenético Dancin’ Days” – Foto: Redes Sociais/Facebook

A Discoteque

A boate funcionou por apenas quatro meses, pois o contrato era limitado ao período que antecedia a abertura do Teatro dos Quatro. Ela celebrava um Rio e um país que conseguiam ser livres, apesar da ditadura militar. A casa reunia famosos e anônimos, hippies e comunistas, todas as tribos com o único objetivo de celebrar a vida. O sucesso foi tamanho que a casa foi reaberta no Morro da Urca e inspirou a novela ‘Dancin´Days’, de Gilberto Braga, que tinha a música homônima das Frenéticas como tema de abertura. O país inteirou caiu na gandaia e entrou na festa.

O espetáculo relembrará grandes clássicos da discoteca como ‘I love the nightlife’, ‘You make me feel might real’, ‘We are Family’, ‘Y.M.C.A’, ‘Stayin´alive’, além de clássicos das Frenéticas e grandes sucessos nacionais da época, como ‘Marrom Glacê’, entre outros.

Crédito das Fotos: Redes Sociais/Facebook 

Vídeo: Wall Toledo / Acesso Cultural

 

 

 

 

 

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