Escritos da Alma

Tia Altiva - Foto: Arquivo Pessoal

Acordo cheio de boas energias e ao fumegar o café decido encontrar o mago Canindé Soares no mercado da Redinha, para operar nova lente de longo alcance e ampliar papos positivos sobre o universo da fotografia.  

Uma vez instruído e devidamente satisfeito com sua magnânima e agradável presença, lanço olhar para a Ponte de Todos e passo a ter reminiscências relacionadas a existência da tia Altiva, a última da prole Câmara Leite, da linhagem da mama, que engatou cinto e partiu rumo ao éter espiritual em desencarne sete dias atrás, deixando na memória das cinzas espalhadas no Humaitá baiano e no Potengi Potiguar, uma série a lá Netflix de sorrisos fartos, alegrias constantes e posturas felizes. 

De minha parte um mundo de memórias afloram nas cercanias da tia amada, tais como convivências na casa da esquina do Tirol, férias na do Alecrim, e festividades com mortalhas, acarajés e sorvetes na velha Ribeira dos trios Tapajós e Marajós, em Salvador, para onde mudou, não esquecendo as macumbas da Penha e os pombos de Roma, além das escadarias do Bomfim e os banhos de mar na esquina da Penha.  

De todos os nove filhos da altiva e ativa Altiva e seu José, tenho maravilhosas relações, com Dudu sendo um permanente irmão, Nádia uma acolhedora anfitriã, Nadja uma encantadora presença em nossa família, Mamá uma querida, Sandrinha a alegria referencial da mãe, Zezinho a imagem da labuta constante, Tatá a revolução admirável, Naire o pilar e a caçula linda Deisinha, flor amável que fecha o lótus dos leites/câmaras/nobres altivos e lindamente luminosos.  

Os nove filhos da altiva e ativa Altiva e seu José – Foto: Arquivo Pessoal

Amor grande pela trajetória da tia. Carinho empoderado por toda sua prole. 

O mano Dinho em peculiar visão espiritual no velório da tia querida, revelou comitiva de todos na recepção redentora.  

Só almas nobres merecem trombetas no céu e aplausos na Terra, nas despedidas fúnebres da passagem natural.  

Todos os avós e avôs lá. Todas os tios e tias paternos e maternos.  

Todos os filhos ainda por cá. Tudo no seu devido lugar. 

Sigamos os tendo como faróis, luminares. 

Feliz das famílias que se despedem dos seus entes queridos com amor no coração. 

Tudo foi dito em vida. Tudo aprendido. Lições compartilhadas. 

Sou cada vez mais feliz com tantos bons exemplos e ensinamentos em casa. 

Eita vida maravilhosa. 

LUZZZ. 

Flávio Rezende aos vinte e cinco dias, oitavo mês, ano dois mil e dezenove. 12h39.
Praia da Redinha. 

Mais no www.blogflaviorezende.com.br 
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Crédito das Fotos: Arquivo Pessoal

 

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