Alergia x intolerância alimentar: saiba as diferenças

Alergia alimentar é um assunto complexo. Seriam necessárias outras informações para entender melhor o que ocorre com o pequeno. Porém, esse tipo de problema está aumentando no mundo todo e é importante alertar sobre cuidados essenciais com a saúde da criança alérgica.

A alergia alimentar é uma reação anormal do organismo a alguma proteína presente no alimento. Simplificando, é como se o corpo identificasse uma ameaça e desencadeasse uma resposta imune para combatê-la. Embora não seja o tipo mais comum, a alergia a frutas também tem aumentado. Frequentemente, recebo crianças que não podem consumir banana, abacate, mamão, uva… Além disso, uma mesma proteína pode estar presente em diferentes frutas e, por isso, uma pessoa pode ser alérgica a várias.

Alergia como uma reação adversa a um alimento, cuja resposta é imunológica e reprodutível pela nova exposição. Já a intolerância se caracteriza por reação não-imunológica.Isso significa que, no caso das alergias, o organismo ataca aquela substância considerada estranha praticamente da mesma forma como faz com um micro-organismo agressor, acionando todo o sistema de defesa do organismo. Já, quando se trata da intolerância alimentar, a substância que não é digerida pelo organismo tende a se acumular, provocando sintomas como dores abdominais, gases, diarreia e até enjoos e vômitos. No caso do leite, por exemplo, a intolerância é caracterizada pela produção insuficiente de lactase, a enzima responsável por digerir as proteínas lácteas, e não tem relação nenhuma com o sistema de defesas do organismo.

A dica é: converse com o especialista sobre a possibilidade de fazer testes de alergia às frutas. Isso mostrará se realmente há a necessidade de excluir todas. Também pode ser avaliado se a criança tolera o contato com a proteína desnaturada, ou seja, se a fruta for cozida ou entrar em alguma preparação, como um bolo, por exemplo. Algumas crianças reagem quando consomem frutas in natura, porém, após a cocção, isso não ocorre.

O médico ainda deve avaliar até quando essa exclusão será necessária ou se, com o passar do tempo, o organismo da criança criará tolerância. Depois disso, um nutricionista maternoinfantil poderá adequar a alimentação do seu filho, de acordo com a rotina alimentar, estado nutricional e idade. Faça um acompanhamento com o pediatra, alergista e nutricionista.

Fonte: Revista Crescer

Imagem: Malte Mueller/Getty Images

Sair da versão mobile