A importância do QI na sua recolocação profissional – Por Jean Tavares Leite

A importância do QI na sua recolocação profissional - Foto: Reprodução/CloudCoaching

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Considerando a hipotética situação de uma transição de carreira ou de um desemprego imprevisto, muitas vezes nos perguntamos: Qual a melhor estratégia para a recolocação?

Distribuir currículos a torto e a direito, como bem sabemos, é estratégia desgastante e muitas vezes infrutífera. Por onde começamos? Que caminhos podemos encurtar? A quem recorrer primeiro?

Hoje, quero chamar a atenção para o QI. Sim, o famoso “Quem Indica”. Mas, antes de mais nada, não vamos nos perder com uma má interpretação aqui. Não estou falando do famigerado e antiético ato de escolha de um candidato apenas por amizade ou pressão de alguém com poder para tal.

O QI ao qual me refiro aqui é o ato de indicar alguém para determinada vaga por reconhecimento de que o indicado possui características técnicas e potencial para ocupar a vaga disponível com maestria. Isso não tem nada de errado ou antiprofissional.

Você sabia que as principais contratações para cargos de alta gerencia e diretoria são feitas via indicações? Pois é, não tem essa história de currículo na porta de empresa ou na caixa de e-mail do RH. Uma boa indicação facilita a vida dos selecionadores, conduz excelentes profissionais para boas oportunidades e eleva o padrão dos processos seletivos.

Mas não pense que não há seleção. A indicação é apenas e tão somente para uma entrevista, uma reunião, todo o processo flui naturalmente. Então, qual a vantagem? Simples, via de regra, a indicação de um profissional tem um enorme peso para os recrutadores que podem focar apenas naquele candidato, observando características mais compatíveis com a vaga a ser preenchida.

Então, como fazer para ser indicado? Bem, tudo começa bem antes de você querer mudar de emprego ou ficar disponível no mercado de trabalho. Algo relativamente simples, fazendo um super trabalho, mostrando seu zelo, garra, competência onde quer que você esteja trabalhando.

Em outras palavras, fazendo o que é para ser feito, da melhor forma possível. Assim, paulatinamente, você vai escrever o seu nome no mercado, vai estabelecer sua marca, sendo destacado e lembrado pelo seu desempenho. Pergunte-se sempre: Eu me contrataria? Sei que você sabe a resposta certa.

É preciso também fazer conexões, como um bom produto que precisa ser destacado no mercado, você precisa aparecer, como bem alerta o velho ditado: “Quem não é visto, não é lembrado”. Para isso existe seminários, simpósios, reuniões informais e redes sociais específicas como o LinkedIn.

É importante saber demarcar sua presença, não “se venda” apenas. Muito pelo contrário, em vez de fazer marketing pessoal vazio a todo momento, vá por outro caminho, gere conteúdo, mostre propósito, ajude, traga algo de novo, seja irreverente as vezes, acrescente algo.

Lembrando que usar Instagram ou Facebook para tal finalidade pode ser um tiro no vazio. Nessas plataformas a pegada é outra e você pode estar perdendo tempo divulgando um trabalho que não atrairá muitos olhares, por assim dizer.

Por fim, sempre lembro que o contato direto, uma rede que começa entre os velhos e bons amigos, os colegas de trabalho, são sempre mais eficientes do quê contar com desconhecidos ou “seguidores” que efetivamente não conhecem o seu trabalho, suas competências profissionais.

Jean Tavares Leite é Psicólogo Organizacional e professor universitário.

jeantavares@bol.com.br

Crédito da Foto: Reprodução/CloudCoaching

 

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