Cartilha orienta idosos sobre atividades físicas durante isolamento

Como prevenir os efeitos do sedentarismo no nosso corpo? Muitos responderiam que por meio de atividade física. Mas e quando estamos falando de pessoas que fazem parte do grupo de risco para a covid-19 e não podem sair para se exercitar? Esse é o caso dos idosos, que devem manter o distanciamento social e, por isso, estão sujeitos a permanecer um longo período confinados em casa. Como consequência, eles podem ter uma diminuição na capacidade de movimento, além de outros efeitos cognitivos e emocionais.

Para ajudar a reduzir isso e auxiliar a lidar com esse período de isolamento, foi elaborada a Cartilha de Exercícios para Idosos. O material foi produzido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio do Centro de Ciências da Saúde (CCS), do Departamento de Fisioterapia (DFST) e do Laboratório de Epidemiologia e Fisioterapia Geriátrica (Lafig/DFST).

Trata-se de uma ação de extensão que mobilizou o trabalho de professores e alunos de iniciação científica do curso de Fisioterapia em torno do desafio de elaborar uma cartilha direcionada para a população idosa, orientando sobre a prática de exercícios terapêuticos simples. A ideia é promover a prevenção do declínio físico decorrente do sedentarismo devido a esse período de confinamento.

A cartilha recorre ao uso de imagens e de linguagem simples para ensinar a fazer alongamentos e exercícios na posição sentada e em pé. Ela dá dicas de como exercitar os músculos dos ombros, dos braços, das pernas, do quadril e de como melhorar o equilíbrio.

De acordo com o professor do Departamento de Fisioterapia e um dos coordenadores Lafig/UFRN, Ricardo Oliveira Guerra, o confinamento em casa tem dificultado a prática de atividades físicas. Principalmente para o idoso, isso pode trazer prejuízos para a saúde.  “É preciso estar atento porque se trata de uma faixa etária mais sensível aos efeitos da inatividade.” A redução da força muscular, a rigidez articular e a perda da capacidade de esforço, por exemplo, podem resultar na diminuição da atividade física. Por isso, é preciso que o idoso mantenha uma rotina diária de exercícios.

Ricardo Oliveira também destaca que os familiares podem participar, quando for possível, da prática dos exercícios descritos na cartilha, ajudando o idoso. Mas se a condição de isolamento não permitir, isso pode ser feito de forma remota, via aplicativos de vídeos. Dessa forma, se estabelece uma interação social que ajuda a prevenir quadros depressivos e estimula a função cognitiva, como a orientação temporal e espacial.

Acesse a cartilha aqui.

Imagem: ABAP

Fonte: Agecom/UFRN

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