Projeto ‘Feira Solidária’ arrecada dinheiro para doar alimentos para venezuelanos refugiados em Natal

Publicidade

Após arrecadar cerca de cinco toneladas e distribuir para 580 famílias nas duas primeiras edições, o projeto Feira Solidária entra na terceira fase nesta segunda-feira (15). De acordo com a organização, essa etapa vai contemplar moradores da Comunidade da África, na Zona Norte de Natal, e aos índios venezuelanos Warao, que estão refugiados na capital.

A ação solidária pede doações de R$ 20 para comprar alimentos produzidos por agricultores de assentamentos da Região Metropolitana e doar os produtos para pessoas em vulnerabilidade social. Nessa fase, os doadores vão ganhar um e-book de gastronomia como prêmio.

Com o atual cenário por conta do coronavírus, os produtores do assentamento têm tido dificuldades para vender os alimentos, assim como a situação de muitas famílias também tem piorado com a crise, o que faz faltar comida dentro de casa.

Com os R$ 20, são comprados 2 quilos de macaxeira, de batata doce e de banana, 1 quilo de mamão e uma unidade de coco seco, para que sejam montadas as cestas para doação.

Na primeira fase, em 11 de maio, quem recebeu as doações foram os moradores do bairro de Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte da capital. Na segunda, as pessoas que moram na Vila de Ponta Negra, na Zona Sul, e em Pium, na Grande Natal, receberam a ajuda.

Os produtores que vendem esses alimentos são dos assentamentos Quilombo dos Palmares e Eldorado dos Carajás, de Macaíba, e Leonardo Silva e Rosário, de Ceará-Mirim. “Esses quatro assentamentos participaram das primeiras edições se ajudando. Agora vão participar e maneira mais intensa”, explica o professor Tarcísio Gonçalves Júnior.

A ideia da Feira Solidária da cabeça dele e de Gabriela Sales, líder de um movimento chamado Banquetaço. O professor Tarcísio trabalha na Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ) da UFRN, em Macaíba, e desde 2016 tem contato com os agricultores dos assentamentos em função de uma parceria: uma vez por semana eles realizam um feira na EAJ.

Feira acontecia uma vez por mês na EAJ — Foto: Divulgação

“A Feira Solidária é um projeto emergencial que surgiu por causa do contexto de isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus. Inclusive as ações dos voluntários são realizadas com todos os cuidados, evitando aglomerações para evitar o contágio”, acrescenta Tarcísio Júnior.

Terceira fase

A terceira edição do Feira Solidária abre para arrecadações ao meio-dia desta segunda (15). Para doar, é necessário transferir o valor para a conta corrente 13623-9 da agência (756) 5171 do Banco Sicoob (CPF: 598.817.801-44). Depois da doação, é preciso enviar o comprovante para o número (84) 9.9655.5542 por WhatsApp para ganhar o e-book.

Tarcísio Júnior diz que a intenção é finalizar as doações na sexta-feira (19). Nesse momento, ainda segundo ele, os doadores vão receber a imagem do sumário do e-book. O livro digital foi produzido pelo departamento de Gastronomia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), parceira do projeto. O material reúne 52 receitas de chfs brasileiros.

O professor Tarcísio Júnior conta que, após as primeiras edições, o Feira Solidária tem recebido a ajuda de mais voluntários. São pessoas do departamento de Antropologia da UFRN, uma empresa privada e também a empresa Júnior do curso de Publicidade e Propaganda da UFRN, a 59mil.

A expectativa é de que na segunda-feira da semana que vem, dia 22, os produtores assentamentos colham os produtos e preparem as cestas, que devem ser entregues na terça-feira (23). Depois disso, o restante do e-book será enviado aos doadores.

A iniciativa deve continuar ocorrendo após a 3.ª edição. Ainda de acordo com Tarcísio Júnior, a UFG e o IFG estão em contato com os organizadores para levarem o projeto também para o estado de Goiás.

Alimentos são compradores de produtores rurais e doados a famílias em vulnerabilidade social no RN — Foto: Cedida

Fonte: G1 RN
Imagem: divulgação
Sair da versão mobile