Justiça e Escola: palestra discute os impactos da pandemia na educação

Continuando as atividades virtuais durante o período da pandemia, o Programa Justiça e Escola, integrante do Núcleo de Ações e Programas Socioambientais (NAPS) do Tribunal de Justiça do RN, realizou na última quinta-feira (20), por meio de videoconferência, palestra sobre os “impactos da Covid-19 na Educação”. A palestrante convidada foi a professora Analydia Pereira, com longa experiência na área de Educação, adquirida em sua carreira como professora da Secretaria Estadual de Educação do RN e coordenadora de tutoria de ensino a distância (EaD) do IFRN.

Na palestra, a professora Analydia Pereira destacou inicialmente que a pandemia tem gerado “mudanças profundas nos mais diversos setores da sociedade e não houve tempo para qualquer tipo de preparação”. De modo que a área da Educação também “está passando por um processo de adaptação a essa nova realidade, tendo como consequência mais imediata a antecipação e intensificação do ensino a distância e do estudo remoto”.

A palestrante também chamou atenção para os principais desafios para a Educação dentro do contexto do estudo remoto. As dificuldades passam pela histórica falta de estrutura e equipamentos tecnológicos nas escolas públicas, evidenciando as desigualdades entre os setores público e privado, tendo reflexos também em relação às desigualdades sociais que afetam as condições materiais de cada aluno.

“Se antes faltavam cadeiras, e material didático, agora faltam computadores, celulares e redes de conexão para esses alunos”, explicou. Ela acrescentou que isso gera necessidade de um esforço crescente dos professores no sentido de manter a atenção dos alunos, o que muitas vezes levam a situações de esgotamento emocional e prejudicam o aprendizado.

Papel do professor

Por outro lado, apesar do quadro adverso, a palestrante enfatizou que a pandemia gerou ganhos em razão da necessidade surgida de “ressignificar o papel do professor e da escola na sociedade”, levando os professores a ampliar o uso de ferramentas para motivar a participação dos alunos. A palestrante frisou que alunos e professores “se viram obrigados a aprender novas formas aprendizagem e pesquisa. E isso significa ganhos qualitativos no processo do conhecimento”.

Nesse sentido, o conteúdo didático precisou ser readaptado e as disciplinas passaram a “trabalhar e integrar cada vez mais a realidade, ou seja, o próprio contexto da pandemia aos seus exercícios e temas de estudos diários”, esclareceu Analydia Pereira.

O evento virtual contou com participação do juiz Undário Andrade, coordenador executivo do programa Justiça e Escola, contando com apoio dos facilitadores Paulo Sérgio Lacerda e Adriana de Menezes, dentre outros integrantes do programa.

Imagem: Reprodução

Fonte: TJRN

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