Golpe do boleto falso: veja dicas para não ser enganado

O golpe do boleto falso vem se tornando cada vez mais comum no Brasil. A armadilha cresceu em 45% durante a pandemia, segundo a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). A prática envolve a falsificação de cobranças para fazer com que o dinheiro seja enviado para a conta bancária do golpista.

Segundo os especialistas em segurança, são vários truques para atrair a vítima, que vão desde a manipulação do código de barras do documento até a criação de páginas falsas que oferecem o download da fatura forjada. Veja, a seguir, sete dicas para não ser enganado na hora do pagamento.

Ao pagar um boleto de cobrança, verifique sempre se os dados do “Beneficiário” são de quem lhe vendeu o produto ou serviço. Verifique sempre se o logotipo impresso no corpo do boleto de cobrança corresponde ao código do banco* que consta no início da linha digitável.

Desconfie se o código de barras estiver com falhas que apresentem espaços excessivos entre as barras ou qualquer outra alteração que impossibilite o reconhecimento pela leitora. Sempre que tiver dúvidas sobre a veracidade de um boleto de cobrança, consulte diretamente o fornecedor que o emitiu. Evite reimprimir boletos de cobrança em sites que não sejam do banco emissor do boleto. Evite negociar valores de descontos de boletos com pessoas estranhas, ou que se identificam como funcionários dos bancos ou de empresas de cobrança.

1. Cheque os dados do boleto

Boletos falsos trazem algumas características que podem ser facilmente checadas pelo usuário. Veja se os dígitos finais representam o valor do pagamento do boleto – caso sejam diferentes, é golpe. Caso seja uma cobrança recorrente, como a fatura da TV a cabo ou da escola dos filhos que costume vir com valor fixo, suspeite se houver alguma variação inesperada. Confirme também seus dados pessoais, como CPF, e busque por erros de português e de formatação. Verifique ainda se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Um boleto do Banco do Brasil sempre começará com 001, por exemplo. Os números bancários podem ser checados no site da Febraban.

2. Verifique a origem do vendedor

Se o boleto é emitido por uma loja, pesquise para se certificar de que o CNPJ de fato existe. Aproveite para buscar o CNPJ no boleto e cheque se ele é real por meio de uma consulta no site da Receita Federa. Em caso de compras online, opte sempre que possível por outros meios de pagamentos que não envolvam boleto. Plataformas como Mercado Pago, PagSeguro, entre outros.

3. Prefira a leitura automática do código de barras

Prefira sempre ler o código de barras pela câmera do celular ou no caixa eletrônico. Em geral, boletos com linha digitável adulterada não trazem código de barras compatível e precisam forçar a vítima a digitar a sequência manualmente para completar o golpe. Um documento com barras ilegíveis, portanto, tem maiores chances de ser fraudulento.

4. Baixe o boleto no site do credor

Sempre que possível, é importante baixar boletos diretamente no site do banco ou da empresa que está fazendo a cobrança. Duvide sempre de boletos que chegam por e-mail, especialmente quando a mensagem traz um assunto como “Urgente” ou “Seu nome está no Serasa”.

5. Certifique-se de que o site é seguro e evite Wi-Fi público

Ao fazer download do boleto no site do credor, certifique-se de que está acessando a página verdadeira e de que o endereço começa por HTTPS. Páginas seguras trazem o selo do certificado SSL que assegura contra invasões e garante maior confiabilidade para o documento que está sendo baixado.

Outras dicas:

  1. Conta de consumo (água ou luz, por exemplo) tem quatro grupos de número e o último grupo possui só 12 dígitos;
  2. O boleto de registro tem oito grupos de números, com 14 dígitos;
  3. O código do banco, composto por três dígitos, também é um dado a ser observado. Veja se os dados conferem.
  4. O boleto original precisa ter três itens básicos: nome do pagador (com os dados de quem vai pagar a conta), código do banco e CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) da empresa. Cuidado com o CNPJ porque golpistas podem abrir empresas falsas.
  5. Os últimos dígitos do código de barras correspondem ao valor do boleto. Caso a leitura divirja do valor disposto no documento, pode ser um golpe.

Fonte: Agora RN

Imagem: reprodução/Agora RN

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