“Meu Nome é Ray” – Um drama de aceitação e a busca verídica por si mesmo

Publicidade

Ray, nasceu Ramona, mas nunca se identificou com seu gênero de nascimento, já que ele sempre se viu um menino. Criado pela sua mãe Maggie, sua avó Dolly e a namorada de sua avó Frances, o garoto não teve uma figura paterna presente em sua vida, pois seu pai nunca viveu com eles e também, tinha uma outra família, como sempre sonhará. Além disso, ele nasceu quando seus pais ainda namoravam, e após um conflito de relacionamento e “fidelidade”, que foram mais relevantes do que a própria criança.

Do nascimento aos sete anos, ele vivia em um mundo cor de rosa, com direito a laços, vestidos e fitas, após essa idade, a menina se recusava em brincar de boneca e usar vestidos e coisas viver no universo todo feminino, sendo que a partir dos 10 anos, que Ramona se tornou Ray. Sua mãe sempre buscou a melhor maneira para lidar com essa situação, porém sua avó, não queria aceitar sua neta como um garoto, preferia que ela fosse lésbica ao ser transgênero, desde então, um conflito se iniciou na vida desta família.

Quando Ray completou 16 anos, estava decidido a se tornar um rapaz, não apenas em sua cabeça, mas também em seu corpo. Mas, ele ainda era menor de idade, e dependia da autorização dos pais para tal decisão de viver sua vida feliz da maneira que ele o sonhara, e sua mãe, indecisa sem saber para onde correr, pediu ajuda ao pai dele, Craig Walker, que luta com todas as forças para aceitar a decisão do jovem, e desconfia da fidelidade de Maggie com seu irmão Matthew, criando um problema ainda maior, colocando Ray a fazeralgo perturbador e decisivo para sua vida e de sua família.

A trama do longa Meu Nome é Ray, lançado em 2015 dirigido e escrito por Gaby Dellal, traz um drama sutil e trágico, em que muitas pessoas transgênero vivem por não serem aceitas como são de verdade, e terem de conviver com os dilemas naquele corpo que não pertence à sua mente, enfrentando conflitos e decisões árduas sobre como conviver em sua sociedade hipócrita e mesquinha, que diz sobre seu dever de escolha, mas aponta o dedo para aquilo que é diferente do “normal”. Todavia, muitos, diferente de Ray não têm um final tão satisfatório e de aceitação quão ele teve, pois o fim em algumas vezes é trágico e cruel, não apenas aos familiares, mas principalmente para si mesmo.

O filme estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 12 de setembro de 2015, e conta com Elle Fanning (Ray), Naomi Watts (Maggie), Susan Sarandon (Dolly), Tate Donovan (Craig), Linda Emond (Frances), Jordan Carlos (Jake), Sam Trammell (Matthew), Maria Dizzia (Sinda) e Tessa Albertson (Spoon) no elenco.

Fonte: O Barquinho Cultural

Sair da versão mobile