Clínicas particulares de Natal se preparam para receber vacina contra coronavírus

Pelo menos quatro clínicas particulares de Natal já estão se planejando para receber uma vacina contra Covid-19 de laboratórios do exterior. As clínicas estão em contato com a Pfizer, AstraZeneca, Janssen e Sinovac, mas sentem-se inseguras com relação à autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação do imunizante.

Nesta quinta-feira, 17, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse que as clínicas podem importar vacinas contra um Covid-19 só depois que a demanda do SUS (Sistema Único de Saúde) para atendida.

“Sim [rede privada pode comprar], autorizado por nós, a partir do momento em que a gente já tenha cumprido o que a gente precisa receber. Claro que precisa comprar também no privado, mas com prioridade para o SUS, com prioridade para o nosso programa nacional, que é para todos ”, afirmou.

A proprietária da Clínica Mimar, Giovana Maia, afirma que está mantendo contato com os laboratórios. “Nós iremos usar a vacina que estiver disponível para as clínicas particulares, estamos mantendo o contato com os laboratórios e aguardando uma definição”, contou.

A reportagem, a Clínica Vacina também informou que, até o momento, não há nada concreto. A empresa, no entanto, explicou que possui câmara fria de geração para refrigeração das vacinas em todas as unidades, com alta capacidade de conservação, já disponível para receber as doses.

A AMI Personali e Viva Imunne estão realizando estudos das vacinas em fase de testes e fazem planejamentos para o início da campanha. Na última terça 15, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que as liberações do uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 não concede às clínicas particulares o direito de aplicação nos clientes.

Segundo o órgão, isso só pode acontecer após um registro definitivo dos imunizantes e que, neste primeiro momento, somente governos podem administrar como vacinas.

A própria Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVac) já reconhece que os imunizantes só devem chegar aos requisitos em 2022, mas existe uma esperança de que uma eventual liberação em definitivo acelere os prazos.

O Ministério da Saúde também afirmou que o país vai receber 24,7 milhões de doses a partir de janeiro, considerando 15 milhões da vacina AstraZaneca, cerca de 9 milhões do Butantan e outras 500 mil da Pfizer. Até agora, o país ainda não assinou contrato de compra com nenhuma empresa ou laboratório que produza os imunizantes – apenas de intenção -, e nesta quinta 17, o Ministério reafirmou que não há dados definidos para o início da vacinação.

Fonte: Agora RN

Imagem: Paper Boat Creative/Getty Images

Sair da versão mobile