Tensão e emoção não conquistam as expectativas na narrativa de “O Mundo Sombrio de Sabrina”

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Após os ocorridos dos episódios na terceira temporada de O Mundo Sombrio de Sabrina, onde duas Sabrinas se dividiram em viver uma no mundo mortal, como a bruxa adolescente, Sabrina Spellman (Kiernan Shipka), e a outra, no Reino das Trevas, como a Rainha do Pandemônio, filha de Lucifer Morningstar (Luke Cook). Todavia, elas não esperavam se encontrar tão temprano, desde a “separação” de ambas à mundos distintos.

Na quarta e última temporada da série, Sabrina enfrentará junto com seus amigos e familiares alguns Terrores do Sobrenatural, que causará catástrofes abomináveis, ainda mais após Spellman se sentir só neste mundo, enquanto seus amigos vivem felizes e radiantes em seus relacionamentos, até suas tias Zelda (Miranda Otto) e Hilda (Lucy Davis) estão conectadas sentimentalmente com alguém, enquanto ela acredita que ficará para sempre solteira, mesmo tendo apenas 16 anos. E para evitar essa solidão, Sabrina começa se encontrar com sua outra versão, direto do Inferno, a Morningstar, causando terrores e perigos para humanidade e principalmente para ela própria.

Além disso, Padre Blackwood (Richard Coyle), profana um ritual em sua nova igreja com o objetivo de se vingar de Sabrina, e essa vingança irá suceder improcedentes terríveis à humanidade, mas ela não será afetado diretamente, já que agora ele possuí a marca de Caim, o protegendo de todo o mal contra ele, porém com os danos que ele causou, muita gente pretende se vingar de Blackwood, entre elas sua filha Prudence, que se juntará ao Coven, para puni-lo de suas atrocidades.

Apesar deste desenrolar de tensão e horror, esse novo ano não cativou tanto quão as primeiras temporadas (principalmente a primeira), deixando os episódios exaustivos e alguns completamente sem sentindo e confusos à trama. Além de mudanças constantes de cenários, distintos mundos e ambientes ocorrendo ao mesmo tempo. Com personagens que entravam e saiam desordenando a linearidade da narrativa.

Essa sequência incomplexa levou Sabrina Morningstar a um universo paralelo, levando a garota a adentrar num desbrio apavorante, onde os personagens se conectavam com outros cosmos, revirando toda narrativa e trazendo a outras tias Zelda (Beth Broderick) e Hilda (Caroline Rhea) para a série, da série de comédia dos anos 90, “Sabrina Aprendiz de Feiticeira“, além de um Salem autoritário e superstar, deixando a temporada ainda mais desconexa e incompreensível.

Esse ano do seriado, assim como o anterior, ainda trouxe momentos musicais, com performances até que agradáveis dos personagens, mas um pouco forçados, ainda mais quando tentou incorpotar a trama a banda de Heavy Metal, Satanic Panic. Mas, ver a galera no palco cantando grandes sucessos dos anos 80 e 90 foi interessante, principalmente na apresentação da própria Sabrina cantando “Sweet Child of Mine”.

No entanto, apesar dessas nuances na linha temporal, O Mundo Sombrio de Sabrina, manteve seu ar divertido e descontraído, apesar dos terrores sucedendo na trama e na vida de Sabrina, na qual Kiernan se entregou por completa, levando duas personagens de personalidades eminentes a uma conclusão inerente e emocionante a série, em que a protagonista coloca a própria vida em jogo para salvar aqueles que ela mais ama, e toda a humanidade, sendo retribuída em reencontrar seu grande amor no “Além da Vida”, após o sacrifício da qual Sabrina fez e lutou no decorrer dos episódios finais da série.

Em suma, a última temporada de O Mundo Sombrio de Sabrina foi fraco e confuso, deixando algumas pontas soltas que precisariam ser explicada em um novo ano, que infelizmente não haverá, já que o seriado foi cancelado pela Netflix, e os fãs terão que se conter com o que foi concluido, considerando as amarrações apresentadas no desenrolar da história.

Fonte: O Barquinho Cultural

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