Festival Casa Tomada fortalece a produção independente com programação acessível e virtual

Festival Casa Tomada fortalece a produção independente com programação acessível e virtual - Foto: Brunno Martins

Com objetivo de fortalecer a produção independente do Rio Grande do Norte, o  Festival Casa Tomada (8ª Edição da Mostra Casa Tomada) está com sua programação a todo vapor. São oficinas, residência artística, mostra de processos, além de bate-papos e apresentações de espetáculos, performances, videoartes, videodanças e um pocket show musical. O festival conta com acessibilidade e será realizado através do site www.coletivocida.com.br até o próximo domingo (21), o público pode interagir nas lives acessando o canal do Coletivo CIDA: youtube.com/coletivocida

“A Mostra Casa Tomada sempre foi realizada de forma independente, sem nenhum apoio. Agora, com o patrocínio através da Lei Aldir Blanc a Mostra vira um Festival e, para nós, isto representa um grande salto. Trazer o conceito de “Dança Caseira” para esta edição tem como objetivo dar visibilidade aos trabalhos produzidos pelos artistas independentes durante a pandemia. O Festival Casa Tomada é feito por e para artistas independentes, não temos nenhum festival de dança/artes cênicas que pense o lugar do artista independente no cenário atual, este é o grande diferencial do evento”, declara René Loui, artista do Coletivo Cida.

“Outro diferencial do festival é a acessibilidade. Nós somos um Coletivo que sempre pensou a questão da inclusão dos corpos não-normativos, temos no nosso núcleo pessoas com e sem deficiência, e agora poderemos transformar nossos trabalhos em produções acessíveis. Lançaremos pelo menos quatro trabalhos com audiodescrição, libras e legendamento, e além disso, os trabalhos que foram selecionados para o Festival também estão sendo traduzidos para libras, o que para nós, é motivo de grande alegria”, completa René.

Foto: Brunno Martins

OFICINAS

Ao todo serão realizadas sete oficinas que abordam temas como: o corpo na videodança, planos de composição, rudimentos básicos da dança breaking, exercícios de corpo e observação dos espaços, mecanismos de criação em performance, experiência de sensibilização corporal, além de técnicas de improvisação. As inscrições já encerraram.

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA

Com o intuito de investigar e intercambiar seus processos de criação e pesquisas com artistas independentes do cenário nacional e internacional da dança e da performance, o artista René Loui, através do CIDA – Coletivo Independente Dependente de Artistas, promoverá a Residência Artística Práticas Performativas na Dança. A ação acontecerá de modo remoto como parte da programação do FESTIVAL CASA TOMADA – EDIÇÃO CASEIRA.

Mais de 80 propostas foram recebidas de artistas de todo o mundo interessados na residência. Nos últimos dias o Coletivo CIDA se debruçou minuciosamente na análise de cada uma das propostas enviadas. Foram selecionados: Ana Gabi, Daniel Nicolaevsky Maria  e Inaê Silva.

Essa residência é um projeto independente de René Loui, realizada pelo Coletivo CIDA e está sendo realizada com patrocínio da #LeiAldirBlanc – Natal, por meio da Prefeitura do Natal (Funcarte).

FORTALECENDO A ARTE DO RIO GRANDE DO NORTE

Sob o conceito “Dança Caseira”, oito trabalhos de artistas independentes do Rio Grande do Norte compõem a programação diversa de cinco dias consecutivos, tendo como ponto de referência a produção artística em período de isolamento social, o Festival recebeu 30 inscrições de espetáculos, performances e vídeos.

A programação começou na quarta-feira (17) com residência artística, oficina e  apresentações de Iuri Alves com Abalo, além da Cia de Dança do Teatro Alberto Maranhão (CDTAM) com EmQuadros.

O segundo dia do festival contou com oficinas, apresentações e bate-papo com  Michael Stefferson, SOA e Sociedade T. Michael Stefferson apresenta NaDa, uma videodança que apresenta uma dança provisória que se desenvolve a partir de estímulos coreográficos presentes no e pelo mundo. SOA apresenta ‘Sobre Paus e Palcos’, videoarte que traz investigações sobre a construção de um corpo-mobília e busca a energia poética presente no esgotamento das imagens. Encerrando as apresentações, Destroço, videodança criado a partir da exposição Corpo Desabrigo, idealizada pela Sociedade T e desenvolvida pelo fotógrafo André Chacon e o performer Pablo Vieira.

A programação segue no dia 19 com AUTÔMATA, uma videodança coreografada por Ana Cláudia Viana a partir de suas experiências pessoais com o isolamento social e o distanciamento causados pela pandemia de COVID-19. Em seguida, Dançar Álbuns Inteiros onde o bailarino potiguar Álvaro Dantas convida Simona Talma para dançar seu álbum intitulado “Ficção”.

No sábado, o Festival Casa Tomada exibe o Making Off do espetáculo Maré – Virtual e Acessível seguido de bate papo com representantes da Bobox Produções, Ilha Deserta Filmes e Coletivo Cida. MARÉ é a peça coreográfica que legitima a criação do CIDA – Coletivo Independente Dependente de Artistas e que surge como uma alusão às formas como abordamos e estereotipamos a natureza híbrida de se relacionar.

Encerrando a programação, haverá Mostra de Processos da Residência Artística seguido de Pocket Show da Luísa Nascim (Luisa e os Alquimistas​).

O Festival Casa Tomada é uma iniciativa do Coletivo Independente Dependente de Artistas (CIDA) a ser executada com recursos da Lei Aldir Blanc – Rio Grande do Norte, por meio da Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Arthur Moura, artista do Coletivo Cida – Foto: Brunno Martins

COLETIVO CIDA

O CIDA – Coletivo Independente Dependente de Artistas é um núcleo artístico de dança contemporânea e performance, fundado no ano de 2016 por jovens artistas emergentes, negros, com e sem deficiências, oriundos das mais diversas regiões do Brasil e radicados na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, com objetivo da profissionalização e subsistência através da dança. O Coletivo CIDA surge com a perspectiva de somar as forças desses jovens artistas, que ao longo de suas carreiras individuais já obtiveram destaque no cenário nacional e internacional de dança contemporânea. Ao longo destes quase cinco anos de existência e resistência o coletivo já esteve presente nos palcos de mais de quinze cidades do estado do Rio Grande do Norte, em mais de dez estados brasileiros, e conquistou a internacionalização, apresentando seu trabalho para países como Equador, França, Portugal, Suíça e Índia.

SERVIÇO:

Festival Casa Tomada 
De 17 a 21 de março
Online e com toda a programação com acessibilidade
www.coletivocida.com.br

Crédito das Fotos: Brunno Martins

Fonte: Assessoria de Imprensa / Comunica Ceci

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