Luca, era um jovem monstrinho do mar, com muitos sonhos e pretensões para sua pacata vida no fundo do oceano, enquanto a superfície era tensa e repleta de perigos, seus pais tinham medo do que ele poderia enfrentar por lá. Até, que um dia, ele conheceu Alberto, um outro menino monstro, com o espírito livre para ser quem ele era de verdade, ou então, demonstrava tanto liberdade, para esconder a solidão que o guardava dentro de si.
Luca e Alberto criaram aventuras, desbravaram o continente e até conheceram uma charmosa vila da Riveira Italiana, chamada Portorosso, onde seus habitantes caçavam monstros marinhos, por não conhecer a profundidade e amor que havia em seus corações, em se entregar por inteiro o âmago mais inerente que possa ser sonhado. Além do mais, a dupla ainda conheceu a destemida e inteligente, Giulia, aonde juntos descobriram uma amizade grandiosa e autêntica, que ultrapassa as fronteiras da Terra e do mar.
A animação da Disney/ Pixar, dirigida por Enrico Casaron, Luca, traz em sua trama uma jornada de amizade e amadurecimento, sobre encontrar sua verdadeira essência e ser aceito por quem você realmente é, sem se importar pelas diferenças, mas sim fazer de coração aberto e fidedigno sobre seus anseios e virtudes, conquistando seu espaço e emocionando a cada momento com as aventuras e predestinações ao seu único objetivo, ser feliz sendo você, e essa sutileza e simplicidade que traz o filme, cativa a trama do começo ao fim, fazendo com que o espectador pare para observar as metáforas complexas apresentadas em cena, e visa na principal mensagem da produção, podendo enxergar o outro como ele realmente é, excluindo os preceitos e implicâncias comuns julgadas por terceiros, e mostrando em suma o fundamento singular que há em cada um, sendo livres com as próprias convicções e autonomia.
Luca, é uma animação delicada e precisa, que leva a reflexão de maneira simples e emocionante sobre o autoconhecimento, que se liberta dos velhos conceitos demonstrados na sociedade.
