Nova promessa do Rock Nacional, Laura Lanny fala sobre o seu novo single

Laura Lanny é cantora, compositora e técnica industrial/empregada pública de Belo Horizonte, Minas Gerais. Hoje em dia mora em Contagem, região metropolitana de BH mas cresceu no interior de Minas, em sua maior parte na cidade de Guanhães.

Começou a tocar violão aos 12 anos, por iniciativa própria. Na adolescência, voltou para Belo Horizonte para estudar e trabalhar. Foi quando começou a ir em shows e ter contato com as pubs de rock, que são um movimento bem forte por lá.

Em 2012 formou sua primeira banda com foco em covers que durou até 2013. Em 2016 um amigo a chamou para produzir um show em parceria, inicialmente de covers. Ela propôs em fazer um show com autorais.

Produziram o show do início ao fim, desde a venda dos ingressos, organização, produção, compuseram músicas especialmente para a ocasião além de sucessos consagrados do pop e do rock. Apresentaram dois shows solo e finalizaram com duetos.

“Foi um sucesso total. Lotamos o teatro. Fizemos o registro do DVD, que inicialmente era para guardar de recordação mas viraram clipes das faixas. Desse projeto nasceu seu primeiro EP “Esperaí!”, que inicialmente iria ser lançado em 2017 mas ficou pronto no início de 2020″ Disse Laura.

Em 2017 e grande parte de 2018 eu estive afastada das minhas atividades, tanto pessoais quanto com a música, devido a questões de saúde que estavam me impossibilitando de fazer muitas coisas.

Final de 2018 e 2019 Laura voltou à ativa e a finalizou meus projetos, lançando meu EP Esperaí! Em 01/03/20.

Laura Lanny está aí somando à representação das mulheres no rock e tentando contribuir com e renovação da cena.

Laura Lanny fala sobre o single “Why can´t we just kiss (Eu queria só ficar mas…)”

A reflexão que inspirou essa música começou aos meus 7 anos de idade, quando ia no forró depois da missa no povoado onde meus avós moravam… Minha avó sempre dizia que pra minhas primas mais velhas como uma moça devia se comportar na dança e eu ficava inconformada, mesmo novinha… Achava injusto. Pensava: e se uma moça quiser dançar, ela tem que esperar alguém chamá-la? E se não quisesse dançar com quem a convidasse, tinha que aceitar mesmo assim? E se a pessoa estiver bêbeda? Mas diziam que a moça ficava malvista se desse “piru” em quem a convidasse…

Graças a Deus hoje em dia tem bastante música pra dançar sozinha, mas ainda continua meio estranho se a moça chama pra dançar nas danças a dois… Geralmente ficam dançando sozinhas pra ver se alguém desconfia ou dança com as amigas quando não é convidada.

https://www.youtube.com/watch?v=ESc4JwKExEA

E cheia de acordos subentendidos e ultrapassados são também a danças dos relacionamentos…

Essa música eu fiz inspirada na possibilidade da mulher tomar a iniciativa, de dizer que quer só sexo às vezes e se as cosias mudarem ela também ter o direito de propor um relacionamento… Obviamente tudo isso feito com profundidade e conexão. Porque como diz um pensador que eu gosto “O problema não é a banalização do sexo, mas sim a exclusão do afeto”. E nós mulheres somos seres sentimentais. Mas a questão é que sempre me perguntava porque temos que esperar sempre, como bibelôs numa prateleira esperando para serem comprados? Não podemos ter vontade própria e expressá-la? E o que eu venho observando é que geralmente as mulheres que tem são livres pra fazer isso são independentes e donas de si. E muitos homens não gostam de mulheres independentes e donas de si. Eles não estão acostumados com a falta de controle total da situação de sempre. E eu ando cansada da tentativa da sociedade em colocar as mulheres em segundo plano, sem vontade própria, sempre. Porque os tempos mudaram, mas as mentalidades e os comportamentos conscientes e inconscientes ainda não mudaram. E isso é muito triste e sufocante.

E nessa música eu tento colocar isso, de um jeito leve e romântico.

Sobre a composição em inglês e português, foi uma época que estava fazendo um curso de composição que abriu muito a minha mente e quando eu comecei a música eu tinha mais facilidade pra escrever em inglês (mesmo não dominando o idioma) e quando finalizei eu tinha dominado a técnica pra escrever em português e senti minha voz muito mais forte na minha língua materna… É um estudo pessoal também de como fazer a letra nos dois idiomas mas acabou que a história começou numa língua e terminou em outra e eu achei que fez sentido assim…

Sobre a gravação em casa eu já tentei fazer em estúdio um arranjo pra ela e não consegui, não se encaixou. Acho que ela nasceu pra ser assim. O que veio super a calhar com o momento que estamos vivendo agora, fazendo muitas coisas em casa. Senti que era o momento dela.

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