No Ritmo do Coração – Um filme emocionante e inclusivo de tocar o coração através de suas canções

O premiado do Festival Sundance de cinema, estreia em 23 de Setembro nos cinemas. O longa americano intitulado No Ritmo do coração, é uma refilmagem da comédia francesa “A Familia Beliér”. O filme vai contar a história da jovem Ruby Rossi, e de sua família. Seus pais e seu irmão mais velho são deficientes auditivos e mudos, sendo a garota a única ouvinte. Juntos, eles administram o negócio de pesca na cidade de Gloucester, nos Estados Unidos.

Na escola, Ruby acaba entrando para o grupo de coral e descobre ser portadora de uma voz lindíssima. Encorajada por seu professor, ela mergulha no mundo da música e passa a sonhar com uma vaga na faculdade. Porém, ela vai precisar decidir entre seguir sua carreira de cantar, ou continuar ajudando sua família.

Dirigido e roteirizado por Siân Heder, eu aguardava um momento ou uma cena que tocasse o telespectador e ela não decepcionou. A cena entre a protagonista e seu pai, é o ponto chave pra amolecer qualquer coração e conquistar de vez o público. Mesmo enquadrando ele na categoria de drama, as cenas e ‘’falas’’ são cômicas deixando o filme mais leve e divertido.

Com duração de 1h51 min, é possível absorver todo o peso, angustias e alegrias de uma adolescente de 17 anos, temos um momentinho clichê sobre o primeiro amor, mas a trama central segue em outra direção fazendo com que esse momento converse muito bem com uma questão muito maior, onde a família irá precisar enfrentar juntos.

Diferente de muitos filmes que já assisti sobre surdos e mudos, No Ritmo do Coração soube levantar questões importantíssimas como inclusão. Mostrando como as pessoas portadoras de deficiência auditiva também possuem opiniões, e modos não tradicionais de vida. É preciso sempre se lembrar do óbvio que muitas das vezes esquecemos, portadores de qualquer deficiência são pessoas como todas as outras, que pensam e sentem e não podemos nunca esquecermos disso.

Para quem, assim como eu, ama um longa que fale sobre música sem dúvidas vai se divertir muito, se emocionar e se apaixonar por essa refilmagem. Lembrando que, como se trata de uma história sobre deficientes auditivos, é importante e necessário assistir legendado (não sei como será a questão das conversas em libras no modo dublado).

Fonte: O Barquinho Cultural

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