“Complexo Cultural Rampa é algo inédito no Brasil em termos de escala e proposição”, diz Marília Bonas, que coordena projeto museológico

Com previsão de abertura para o primeiro semestre de 2022, o Complexo Cultural Rampa, em Santos Reis, segue com o trabalho para construção do acervo museológico. Quem coordena esta ação é Marília Bonas, profissional com reconhecido trabalho na área de Museologia, atual diretora do Conselho Internacional de Museus. Durante esta semana, ela está em Natal para acompanhar presencialmente o andamento do projeto Rampa – arte museu paisagem.

Atualmente, o Núcleo Museológico do projeto conta com três pesquisadores dedicados à articulação social no território resgatando memórias, levantando informações em arquivos potiguares e nacionais e criando o glossário poético visual do imaginário no entorno da Rampa. A partir disso será construído o acervo museológico digital, que poderá ser acessado de qualquer lugar do mundo, com um banco de dados online colaborativo a respeito desse lugar de memória.

Para Marília, o Complexo Cultural Rampa é algo inédito no Brasil em termos de escala e proposição. “O Complexo traz algo pioneiro, que é a discussão da paisagem, da regeneração e do sonho a partir de um lugar de memória. Existem muitas camadas de memória no espaço – a mais conhecida está relacionada com a Segunda Guerra Mundial -, mas há várias outras que nos levam a pensar o Rio Grande do Norte como um local de inventividade, inovação, conexão com a natureza, com a paisagem e com o território. Nosso trabalho vem para trazer diversas vozes e pontos de vista sobre esse patrimônio”, explica.

Marília Bonas – foto Carol Reis

Durante a passagem por Natal, Marília deve também dar continuidade a uma interlocução junto a Fundação Rampa, entidade potiguar que possui um acervo ligado ao espaço. “Queremos desenvolver parcerias que possam fortalecer o eixo turístico, ligando o Complexo Cultural Rampa e o Centro Cultural Trampolim da Vitória, em Parnamirim, que estão conectados pelo papel estratégico de Natal no contexto da Segunda Guerra Mundial”, aponta Marília.

A pesquisa para o levantamento do acervo já conta com algumas parcerias. Uma delas é com a Smithsonian Institute – a maior rede de museus públicos norte-americanos, sediada em Washington. Também estão previstas parcerias com a Biblioteca do Congresso dos EUA – detentora do maior acervo arquivístico e iconográfico sobre as atividades da Rampa no período da 2ª Guerra Mundial – e com o Getty Institute, proprietária dos direitos de imagem de Hart Preston, fotógrafo da revista Life que documentou as atividades da Rampa em imagens icônicas.

O complexo

O Complexo é um equipamento cultural do Governo do Estado do RN; Rampa – arte museu paisagem é um projeto da Casa da Ribeira, instituição independente e com expertise na elaboração e gerenciamento de projetos culturais. A produção executiva é da House Cultura, com benefícios da Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura, Fundação José Augusto e Governo do RN.

A construção do acervo museológico faz parte da fase 1 do projeto, orçada em R$ 999 mil. A elaboração de um programa educativo, a montagem de uma exposição temporária, além de estudos e consultorias para definir o mais adequado modelo de gestão do Complexo também fazem parte dessa etapa.

Totalmente reformado pelo Governo do Estado,  o Complexo Rampa tem 11 mil m² e conta com duas salas de exposição, salas educativas, espaço para café e restaurante, recepção, bilheteria, área externa para eventos com até 3 mil pessoas, estacionamento e a calçada Potengi, espaço com visão privilegiada do rio.

Imagens: Divulgação

Fonte: Assessoria de Comunicação

 

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