Projeto promove grupos psicoterapêuticos e psicoeducativos

Responsáveis por fornecer assistência e promover o bem-estar à população, os profissionais da saúde são linha de frente na pandemia da covid-19 e sofreram muitos dos seus impactos, entre eles, o comprometimento da saúde mental. Considerando esse cenário e a necessidade de atividades práticas no exercício formativo dos alunos em áreas da saúde, um projeto da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa/UFRN) fornece grupos terapêuticos para atendimento psicológico, com ênfase na abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), permitindo aos trabalhadores da saúde o manejo das emoções e, aos estudantes, o desenvolvimento de habilidades sociais.

Seguindo para o terceiro semestre de atuação, o projeto que já conseguiu atender em média 100 estudantes, teve um trabalho premiado em 2° lugar no Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas e vem surtindo efeitos positivos na mudança comportamental dos participantes. “Chegamos a aplicar instrumentos que medem a sintomatologia psiquiátrica. De acordo com os nossos resultados, houve uma diminuição significativa dos sintomas de ansiedade, estresse e depressão, especificamente, falando do grupo de profissionais de saúde”, afirma a professora Maria Gadelha, coordenadora da ação.

Ela explica que tanto a psicoterapia quanto a psicoeducação, de forma mais ampla, são atividades interventivas desenvolvidas pelo psicólogo ou por psicólogos em formação, na área de Psicologia Clínica, para tratar desde condições que acarretam algum sofrimento psicológico, até transtornos mais graves. Mas, enquanto a primeira foca em impactos mais profundos, como uma mudança comportamental específica, a segunda tem caráter educativo e busca informar os participantes sobre os aspectos psicológicos.

Dentro do grupo psicoterapêutico, as atividades realizadas junto aos profissionais da saúde trabalham não apenas com propostas para os encontros síncronos, mas também planos de ações para serem realizadas no dia a dia fora do projeto. O objetivo é promover, mediante o compartilhamento e a reflexão sobre as emoções, a humanização e o desenvolvimento de comportamentos mais assertivos pelos participantes. Já nos grupos psicoeducativos formados por estudantes, a proposta é criar um espaço em que eles sintam-se confortáveis para verbalizar as dificuldades enfrentadas no meio acadêmico e compreender melhor o funcionamento de suas emoções.

“Os estudantes universitários relatam que as temáticas nos grupos têm contribuído para manejar melhor situações decorrentes do contexto universitário como, por exemplo, apresentações de trabalho, o desenvolvimento da assertividade nos trabalhos em grupo e uma maior facilidade ou ampliação de habilidades voltadas para fazer e receber críticas”, destaca a professora Maria Gadelha.

O projeto está vinculado ao Grupo de Pesquisa Aplicada em Cognição e Comportamento (GEPAC), também coordenado pela docente, que realiza projetos de pesquisa, ensino e extensão no campo da Psicologia Clínica na abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental. Realizados semanalmente, os encontros têm duração de uma hora à uma hora e meia, e recebem o suporte de um terapeuta e dois (co) terapeutas.

No caso dos grupos voltados aos profissionais da saúde, os trabalhos são realizados na modalidade remota e abertos para profissionais de todo Brasil, enquanto para os discentes acontecem no Campus da Facisa, localizado em Santa Cruz. As inscrições para alunos que desejam participar estão abertas até esta quarta-feira, 4 de maio, por meio deste link.

Fonte: Agecom/UFRN

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