Instituto do Envelhecer debate inclusão interprofissional da pessoa idosa

Você já parou para observar quantas ações de inclusão de idosos existem perto de você? O envelhecimento é um processo natural da vida e, ainda assim, muitos espaços e oportunidades não são pensados para o acolhimento e tratamento igualitário da melhor idade. Pensando nisso, o Instituto do Envelhecer (IEN) da UFRN iniciou, na última quinta-feira, 5, o curso Envelhecimento Humano: um olhar para a educação inclusiva. A iniciativa é uma série de ações e atividades voltadas para a construção de uma educação inclusiva e colaborativa para a pessoa idosa e tem como parceiros do Ministério Público do Rio Grande Norte (MPRN), representado pela Promotoria do Idoso, o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa (Cedepi-RN) do RN e a Secretaria de Saúde do Estado (Sesap).

A iniciativa partiu do professor e coordenador do projeto, Kenio Costa, do Departamento de Odontologia (DOD/UFRN). Também são responsáveis pelo curso os docentes Rafael Lima e Ewerton Brito, do Departamento de Saúde Coletiva (DSC/UFRN) e Tamires Carneiro (DOD). No primeiro encontro, os professores apresentaram o curso, cronograma, participantes e os objetivos, entrelaçados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Serão sete módulos no curso, sendo cada um voltado para um dos ODS. O público-alvo envolvido são alunos de graduação, pós-graduação e técnicos da UFRN e outras instituições públicas e privadas.

A servidora Karoline Lopes, colaboradora do projeto e representante do IEN, conta que o encontro inicial teve como propósito agir de forma dinâmica e foi voltado para repassar a percepção da importância de uma educação inclusiva e interprofissional. “O objetivo é trazer por meio da interdisciplinaridade a inclusão desse público que, muitas vezes, é olhado como separado e à margem de outras áreas da sociedade. Queremos que as pessoas venham a perceber que o envelhecimento é algo inerente à natureza humana e é preciso discutir sobre isso na área da saúde, mas não somente nela”, explica.

O maior direcionamento do curso é a construção de um compilado de recomendações sobre a temática do envelhecimento para a sociedade e para órgãos que estão na linha de frente de atendimento a pessoas idosas. A visão para esse conteúdo é que ele coloque o idoso como protagonista e agente transformador, quebrando estereótipos de incapacidade fortemente atrelados às pessoas dessa faixa etária. Para atingir esse propósito, Karoline explica que o curso está disseminando conceitos que atraiam pessoas idosas e pessoas que lidam com idosos,  como assistentes sociais, cuidadores de idosos e enfermeiras, visando a emancipação nesse processo educacional.

A longo prazo, o objetivo é maior do que a simples conscientização e comunicação com segmentos que lidam diretamente com a pessoa idosa. “Esse curso está sendo o projeto piloto para algo muito maior que é criar uma grade curricular na universidade presente em todos os cursos. Nós usamos esse curso como um propósito de disciplina que passe por todas as áreas da universidade: exatas, tecnologias, ciências sociais, ciências humanas, entre outras. O objetivo é repensar a participação da pessoa idosa na sociedade e perceber que elas têm muito a agregar”, explica Karoline.

O curso Envelhecimento Humano: um olhar para a educação inclusiva reunirá palestrantes do IBGE, profissionais da saúde e assistentes sociais, entre outros colaboradores. As atividades acontecerão durante o período de sete meses, com dois módulos de oito horas de duração a cada mês. Abaixo, as datas e temas previstos para cada ação, ainda sujeitas à alteração.

Fonte: Agecom

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