Sem aprendizado constante empreendedor se distancia do sucesso

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Empreendedores precisam ficar atentos a todo momento. Não só em busca de oportunidade comercial, mas, hoje, o aprendizado pode significar o rumo do sucesso. A velocidade da informação faz o conhecimento ser renovado de forma constante. Portanto, o aprendizado é um exercício diário que ocorre quando percebemos algo diferente do conhecido. Segundo o professor de economia e empreendedorismo, Lauro Barillari, autor do livro Pauta Oculta do Empreendedor, evoluímos nosso modo de pensar e agir baseando-se em expectativas e experiências pessoais, de outras pessoas ou informações relacionadas ao nosso cotidiano.

Diante do quadro veloz das decisões, o aprendizado organizacional relaciona-se ao desenvolvimento dos processos da empresa e à evolução da sua missão. “É a base das estratégias e o fundamento do crescimento. Aprendemos para melhorar nossos processos e resultados, evitar erros, acelerar nosso desenvolvimento, mudar nossa forma de pensar e agir e se atualizar diante de um mundo em que conceitos e valores estão em contínuo processo de mudança”, destaca o professor Lauro Barillari. De acordo com ele, não basta aprender, é preciso garantir o aprendizado contínuo, desaprendendo conceitos, abandonando antigos paradigmas e renovando o olhar para o mundo. Para Barillari, o empreendedor pode aprender por conta própria, com as experiências diárias, baseadas em erros e acertos sucessivos ou por meio de outras pessoas e organizações.

“Quando nos inspiramos em modelos de sucesso, praticamos o denominado Benchmarking – ‘processo de estudo de concorrência, podendo ser uma análise profunda das melhores práticas usadas por empresas de um mesmo setor que o seu e que podem ser replicadas no seu empreendimento’ -. Com esse aprendizado, o empreendedor pode operar com custos menores e maior nível de produtividade, resultando em um ciclo virtuoso de crescimento nos resultados, tanto financeiros quanto não financeiros. Estes últimos são os que sustentam e garantem o futuro lucro de uma empresa”, explica Barillari.

De repente o empreendedor se questiona: como estimular e garantir o processo contínuo de aprendizagem? Recorrendo à literatura, mais especificamente à obra de Peter Senge (1990), intitulada “A Quinta Disciplina”, ajuda a responder essa questão. A explicação é que a diferença das organizações que aprendem para as demais é o domínio e a aplicação integrada de cinco disciplinas básicas: Domínio pessoal: é a disciplina que possibilita continuamente esclarecer e aprofundar a visão pessoal, concentrar as energias, desenvolver a paciência e ver a realidade objetivamente. É o alicerce espiritual da organização que aprende.

A capacidade e o comprometimento de uma organização em aprender não podem ser maiores que seus integrantes. “A disciplina do domínio pessoal começa esclarecendo aquilo que nos é realmente importante, levando-nos a viver a serviço das nossas mais altas aspirações. Modelos mentais: muitas modificações administrativas não podem ser postas em prática por serem conflitantes com modelos mentais tácitos e poderosos. Eles incluem ideias arraigadas e paradigmas que interferem sobre as nossas atitudes, muitas vezes sem que tenhamos consciência disso”, alerta Barillari.

A visão compartilhada é relevante à empresa. A organização deve ter uma missão genuína para que as pessoas deem o melhor de si e adotem uma visão compartilhada, na qual prevaleça o compromisso e o comprometimento em lugar da aceitação. Dessa forma, os líderes aprendem que não há como querer ditar uma visão, acreditando que ela será assimilada automaticamente. Quanto à aprendizagem em equipe, Barillari conta que a unidade de aprendizagem moderna é o grupo e não o indivíduo. O diálogo facilita a aprendizagem em equipe e, quando produz resultados, os integrantes crescem mais rápido e a organização também.

Outro ponto importante é o pensamento sistêmico, Barillari ensina que esta disciplina integra todas as outras. É a ligação entre elas, fundindo-as em um corpo coerente de teoria e prática. O pensamento sistêmico ajuda a enxergar as coisas como parte de um todo, não como peças isoladas, bem como criar e mudar a realidade. “A organização é conectada por diversas perspectivas relacionadas entre si, sendo o aprendizado organizacional a base de todas as outras três: processos internos, sustentabilidade financeira e cliente”, frisa. Barillari realça que se há um bom lucro, mas não investimos em inovação no presente, o futuro estará condenado pela baixa competitividade dos nossos produtos e serviços.

Neste sentido, os resultados só serão sustentáveis, no longo prazo, se houver convergência das iniciativas em cada perspectiva. Um bom exemplo de modelo de gestão por perspectivas é o Balanced Scorecard (mapa estratégico de objetivos e indicadores balanceados), idealizado pelos professores Norton e Kaplan, da universidade de Harvard e publicado no livro “Estratégia em ação” (1997). “Eles foram precursores da lógica desse modelo, no qual combinam métricas quantitativas e qualitativas de gestão, visando a sustentabilidade e a competitividade da empresa. A conectividade é a chave que nunca deve ser esquecida quando pensamos em gestão e aprendizado. Conectar pessoas, dados, informações, saberes, experiências e negócios é um bom começo para competir e aprender, no novo mercado”, finaliza Barillari.

Imagem: Divulgação

Fonte: Assessoria de Comunicação

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