‘Água Fresca para as Flores’ – uma obra sutil sobre a relação inerente e irreverente dos ciclos da vida

Sabe aquela obra que fala sobre amores, vidas e reflorescimento, que mostram quão a essência intrínseca de cada um pode se conectar mesmo que involuntário com a vivência do outro, pois bem, o novo livro da francesa Valérie PerrinÁgua Fresca para as Flores, em um romance sutil e intenso, que fala mais do morte e vida, mas sobre conexão de almas em ambientes distintos e relevantes que excedem para dentro da história.

A trama mostra a zeladora do cemitério de Brancion-en-Chalon, Violette Toussaint, que tem sua casa como um alento para confortar as pessoas que perderam seus entes queridos, um lugar que memórias, risadas e lágrimas se misturam com xícaras de café e taças de vinho, mas o que ninguém sabe é sobre o conflito interno de sua vida, em experiências conturbadas que somam as histórias dos visitantes que buscam conforto em sua humilde residência, criando um elo que completam e conectam as faltas e excessos pertinentes neste âmbito.

Uma obra sutil e precisa que fala sobre amor, mas também vida e morte, e suas mais diversificadas maneiras, um tributo a origem e essência sobre viver, e quão a morte não é o fim, e o amor pode continuar existindo mesmo após a partida daqueles que amamos e se foi, assim como águas regam as flores para se manterem vivas.

Água Fresca para as Flores é um livro ainda mais amplo do que apenas amor e morte, mas sobre a vida e a complexidade em entender as nuances das quais o ser humano não está pronto para aceitar um ciclo natural da nossa existência, de nascer, viver e morrer, uma delicada narrativa sobre cultivar os amores para florescer ligações e afetos eternos.

Essa obra é o primeiro livro de Valérie Perrin lançado no Brasil, todavia a autora já possuí algumas grandes obras, como o best-seller Les Oubliés du dimanche (2015), que abriu a carreira literária à ela o ofertando diversos prêmios, além de ter suas publicações publicadas em 30 idiomas e a autora mais vendida na França em 2019.

Fonte: O Barquinho Cultural

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