Novo sismógrafo instalado em Touros

Na última quarta-feira, 3 de agosto, foi registrado um tremor de terra de magnitude preliminar de 2.0 mR (dois pontos na escala Richter). Antes, no dia 31 de julho, também aconteceu um abalo de magnitude 3.7 mR. Os eventos foram registrados pelo Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN), que, devido à recente alta de tremores, instalou um novo sismógrafo em Touros para acompanhar melhor os novos eventos.

O novo sismógrafo tem transmissão de dados via internet e será uma estação fixa na região. O técnico Eduardo Menezes, do LabSis, explica que Touros é uma cidade estratégica, próxima ao local do abalo. “O sismógrafo foi instalado nesse município devido à proximidade com a área epicentral. Os epicentros localizados ficam a aproximadamente 50 km da costa.”

Já havia a intenção de se instalar o sismógrafo na região e, com os eventos recentes, o governo do município de Touros se sensibilizou e liberou o local para a instalação. A cada novo tremor de terra a equipe do LabSis instala outro sismógrafo na região mais próxima do abalo. Tais equipamentos são úteis para aumentar a precisão da localização do evento e melhorar a sensibilidade para outros menores, que poderiam passar despercebidos, além de aumentar o alcance das análises sismográficas.

Mapa de distribuição dos sismógrafos fixos gerenciados pelo LabSis – Imagem: LabSis

Os sismógrafos gerenciados pelo LabSis estão espalhados por todo o Nordeste. Eles são divididos entre fixos e temporários. Os fixos ficam instalados permanentemente no local. Os temporários podem ser removidos após o tempo em que foi necessário.

Ainda não existe uma explicação definitiva para os eventos ocorridos nesta semana. São eventos normais, geralmente decorridos de alguma falha geográfica. Apesar de o Brasil estar de fato no centro de uma placa tectônica, mesmo assim ocorrem abalos do tipo. “As informações de mapeamento e identificação das regiões onde ocorrem os tremores são de grande valia para as ações mitigadoras da Defesa Civil dos municípios”, conclui o técnico.

Fonte: Agecom/UFRN

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