Sandman é o equilíbrio perfeito entre HQ e audiovisual

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Na última sexta-feira (5), Sandman chegou ao catálogo da Netflix, e em pouco tempo conquistou uma legião de fãs, conquistando o top 10 e mais de 80 países ao redor do Globo. A adaptação era esperada por muitas pessoas, por não só ser um dos clássicos de Neil Gaiman, mas tê-lo diretamente envolvido no projeto.

A série conta a história de Sonho (Tom Sturridge), um dos sete perpétuos, família de entidades antropomórficas que representam aspectos e forças da natureza. Sonho, também chamado de Morpheus ou Sandman, é a representação dos sonhos, e foi capturado e mantido preso durante um século, além de ter seus itens de poder roubados. Ao se libertar, ele precisa recuperar seus artefatos e restaurar a ordem do reino dos sonhos, chamado Sonhar, para que a humanidade não sofra as consequências.

Durante a jornada de Morpheus, conhecemos outros seres, como Lúcifer Estrela da Manhã (Gwendoline Christie), Coríntio (Boyd Holbrook), a bibliotecária do Sonhar, Lucienne (Vivienne Acheampong) e alguns dos perpétuos, como a Morte (Kirby Howell-Baptiste), que trouxe despretensão, conexão e emoção à trama, além de Desejo (Mason Alexander Park) e Desespero (Donna Preston), que foram imprescindíveis para o desenvolvimento inerente da narrativa.

Sandman é uma série impressionante por diversos fatores, seja pelos atores que dão vida aos personagens de maneira perfeita, pelo enredo, ou então pelos elementos visuais que deixam qualquer um maravilhado. Além disso, cada episódio é um show por si só, trazendo algo impressionante que não foi trazido no episódio anterior, e que carrega mensagens e insights emocionantes.

Quem quer que estivesse preocupado com esta adaptação, pode ficar tranquilo, pois a Netflix provou que é possível uma adaptação se manter fiel à obra original mas aproveitar de elementos que só funcionam em uma tela. Por ser um produto passado para o audiovisual, é óbvio que certas coisas vão funcionar mais ou menos do que em uma HQ ou graphic novel, mas a essência da história é mantida. Ter o criador deste universo ajudando em cada passo da produção também veio a calhar.

Um exemplo é o próprio Sonho, que no início foi pensado em ter a pele branca, cabelos grandes e olhos pretos, assim como nos quadrinhos, mas foi alterado para o que vemos na série a pedido do próprio Neil Gaiman, que disse que o personagem deveria ter presença, mas de maneira que passasse despercebido aos humanos.

Quem ama história de fantasia vai adorar Sandman, e quem tem vontade de conhecer mais sobre esse gênero, a série é uma boa porta de entrada.

Fonte: O Barquinho Cultural

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