Em dois anos operando no ambiente do Mercado Livre de Energia, a Caern conseguiu economizar R$ 22,03 milhões, quando comparado aos custos simulados no mercado regulado. A companhia consolidou os dados de outubro de 2020 até setembro de 2022. Somente este ano, de janeiro a setembro, o valor economizado foi de R$ 11,9 milhões, o que representa a média mensal de R$ 1,32 milhão a menos nesse custo.
As projeções feitas no início de 2022 previram uma economia variando entre R$ 10 e 18 milhões com o mercado livre. Faltando apenas três meses para encerrar o ano, a expectativa é de uma economia de R$ 15 milhões somente em 2022, totalizando assim mais de R$ 25 milhões desde a migração. Esses valores são mais significativos ainda quando considerado que havia cobrança da bandeira tarifária mais cara por causa da escassez hídrica no primeiro quadrimestre, bem como o reajuste inflacionário da concessionária de energia, que foi superior ao do contrato da energia livre.
Atualmente, 60% da energia elétrica consumida pela Caern vem do mercado livre, oriunda de usinas eólicas e fotovoltaicas, ou seja, de fontes renováveis e não poluentes. Ao final de 2023, esse percentual irá aumentar para 73%, o que garante maior sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
A companhia está iniciando a segunda etapa de migração de novas unidades ao mercado livre de energia, com mais 43 estações em 2023, resultando em 103 unidades livres na Caern. Essa expansão fará que alguns sistemas estejam 100% no ambiente livre, por exemplo, as adutoras Sertão Central Cabugi e Serra de Santana, além de todos os poços da cidade de Mossoró. Essa ampliação traz uma perspectiva de R$ 25 milhões a serem economizados em 2023, e para 2024 espera-se um valor na ordem de R$ 40 milhões, pois os preços contratados da energia livre são decrescentes a cada ano.
As regras atuais de comercialização de energia não permitem que as ligações em baixa tensão entrem no ambiente livre, o que correspondem a 18% da energia consumida pela Caern. Entretanto, há estudos no Ministério de Minas e Energia para abertura do mercado livre a partir de 2028.
Outro ponto a destacar é que no mercado livre não há incidência de bandeiras tarifárias. No entanto, a Caern paga os encargos sobre os serviços de sistema (ESS) e encargos de energia de reserva (EER), taxas essas cobradas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com intuito de garantir a segurança energética nacional. Essas taxas são similares às bandeiras tarifárias e outros custos cobrados pela concessionária de energia elétrica do Estado, porém com valor menor. Isso se traduz em vantagem explícita em comprar energia livre e economizar recursos financeiros que poderão ser destinados às outras áreas da companhia.
“A preservação do meio ambiente, a sustentabilidade e a governança estão presentes nesta gestão da Caern. Desde o primeiro momento apostamos no mercado livre de energia, visando o uso de energias renováveis, além da otimização do uso dos recursos financeiros. A Caern continuará nessa busca da eficiência e da melhoria continuada para atender bem toda a população do Rio Grande do Norte”, conclui o diretor presidente da Caern, Roberto Linhares.
Imagem: Sandro Menezes
Fonte: Agora RN