Políticos do RN aderem a campanha e fazem Pix para Jair Bolsonaro pagar multas

Políticos do Rio Grande do Norte aderiram, nos últimos dias, à campanha nacional que está arrecadando recursos para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Pelo País afora, aliados compartilham o número do CPF do ex-presidente, que é usado por ele como chave para transferências via Pix.

Os bolsonaristas iniciaram a campanha de “vaquinha” para levantar dinheiro para pagamento de multas judiciais, sob a justificativa de que Bolsonaro é vítima de “assédio judicial” e que precisa de ajuda para quitar “diversas multas em processos absurdos”.

Políticos justificam que Bolsonaro é vítima de “assédio judicial” - Foto; José Aldenir/Agora RN
Políticos justificam que Bolsonaro é vítima de “assédio judicial” – Foto; José Aldenir/Agora RN

O advogado Fabio Wajngarten, que defende Bolsonaro em algumas ações, tuitou uma mensagem confirmando a chave Pix de Bolsonaro, divulgando o CPF do ex-presidente e indicando que a conta dele é no Banco do Brasil.

Wajngarten, que é também assessor de imprensa de Bolsonaro, recomendou: “Confira antes de transferir”. Ele alega que o pedido de doações não partiu da equipe do ex-presidente.

Bolsonaro assumiu este ano o cargo de presidente de honra do PL. O salário é de R$ 39 mil. Além desse valor, ele também recebe aposentadoria do Exército e da Câmara dos Deputados. Assim, entre aposentadorias e salários, são mais de R$ 75 mil mensais.

Políticos potiguares repercutem pix para Bolsonaro

O deputado federal Sargento Gonçalves (PL) foi um dos que aderiram à campanha. Pelas redes sociais, ele compartilhou o comprovante de uma transferência para Bolsonaro no valor de R$ 22,22, em alusão ao número de urna do ex-presidente nas eleições do ano passado. “É hora de somarmos forças com o nosso Capitão Bolsonaro!”, escreveu na legenda.

Já o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) foi além e doou R$ 222,22. Ele também pediu apoio dos seguidores. “Eu fiz minha parte. Vamos vencer o sistema”, disse ele em um vídeo.

O vereador de Parnamirim Gabriel César (PL), que foi candidato a deputado federal em 2022, também doou. Pelas redes sociais, ele compartilhou comprovante no valor de R$ 22,22.

“Por causa da perseguição política promovida pelo judiciário e por parte do estamento burocrático, ocorrida por meio de sentenças e aplicações de multas abusivas, o nosso presidente corre sério risco de ter seu patrimônio e sua vida destruída pelo simples fato de ser de direita”, escreveu o bolsonarista.

Pelas redes sociais, vários seguidores potiguares dizem que também fizeram a doação.

Deputados federais da oposição criticaram a campanha por doações para Bolsonaro. André Janones (Avante-MG) apelidou o ex-presidente de “urubu de Pix”. Duda Salabert (PDT-MG) escreveu no Twitter que “a direita no discurso é contra a mamata, mas na realidade pede Pix pra criminoso”.

O pedido de “vaquinha” para Bolsonaro também foi criticado pelo ex-deputado estadual Arthur do Val e foi retrucado por aliados do ex-presidente que lembraram do caso da Ucrânia, em que o político paulista acabou tendo o mandato cassado após debochar de mulheres ucranianas em mensagens.

Imagem: ALRN

Fonte: Agora RN

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