Aquaman: O Reino Perdido é leve e divertido ao encerrar o universo DC no cinema

Aquaman: O Reino Perdido tem direção de James Wan com roteiro de Leslie Johnson, e Jason Momoa como Arthur Curry. O filme apresenta o personagem lidando com afazeres de rei, pai e herói, uma mistura repleta de acontecimentos dentro de uma história de fases com toques de diversão e aventura.

 

Aquaman é um herói interessante de observar, isso porque ele usa poderes bem fora do convencional para resolver seus problemas, isso por muito tempo foi motivo de piadas com o personagem, sobretudo, dentro dos HQs. Porém as animações trouxeram um ar mais dramático, com cargas de responsabilidade diante do dever de herói da Liga da Justiça e rei de Atlântida.

Em O Reino Perdido segundo filme do personagem, o herói é novamente confrontado por um antigo inimigo, o Arraia Negra, interpretado por Yahya Abdul-Mateen. A busca de vingança do vilão contra o Aquaman coloca em xeque a segurança do mundo inteiro, a partir do primeiro contato do Arraiá com um artefato mágico, que desperta poderes maiores e possibilita a liberdade de outro inimigo mais forte.

Essa ameaça faz o Aquaman escolher deixar o orgulho de lado para depender da ajuda do irmão Orm, para encontrar o Arraia Negra, e colocar um fim no reinado de terror do vilão que ameaça acabar com tudo. Sendo assim, é necessário uma aliança entre antigos inimigos, mas, sobretudo, juntar os irmãos em uma causa maior, essa interação é o ponto alto da história de O Reino Perdido.

Aquaman 2 é sem dúvida um filme pipoca de boa qualidade, tem ação, tem piadas, tem drama, e novamente um visual deslumbrante com cores fortes e luzes estouradas no brilho, e uma produção sem medo de arriscar no brega. Essa é uma característica desde o primeiro filme lançado em 2018, aqui, somente é colocado de forma maior e mais visceral com ambientes e criaturas tão legais de ver quanto as do primeiro filme.

James Wan soube mesclar diferentes ambientes e isso deixou a dinâmica mais palatável, além de aproveitar de forma inteligente a inserção de novas criaturas na trama, potencializando o grau de ameaça além do vilão. Outro acerto é como ele conseguiu novamente elevar Atlântida a uma bela cidade submersa, assim como é feliz em ter diante de suas mãos um filme competente no CGI.

Já os personagens principais são categóricos em reprisar seus papéis. Mera, apesar de toda polêmica, tem uma quantidade bastante pontual de cenas, porém não se pode dizer o mesmo em relação às falas, isso porque ela entra muda e sai calada do filme. Um salve para a dinâmica criada entre Jason Momoa (Aquaman) e Patrick Wilson (Orm), os irmãos e filhos da rainha Atlanna, esses dois são bons na troca de interação, formam uma dupla assertiva e cativante que traz uma leveza necessária à trama.

E diante de uma dinâmica de interação e um elenco bem unido, sobra apenas uma única rusga, o vilão principal. Esse não teve tempo de nada e quando aparece foi de arrastar para baixo em menos de cinco minutos, um claro recado de não há tempo para desenvolver um novo personagem, e claro, o público sabe o porque dessa repentina decisão por parte do elenco de produção.

Afinal, Aquaman: O Reino Pedido é um encerramento do antigo universo compartilhado chamado de DCEU, traz em sua essência tudo que foi construído a partir de uma visão de algo pensado para ser maior. É uma despedida divertida e bastante emotiva por tudo que foi adaptado dentro dessa antiga visão de mundo dos heróis da DC no cinema, também é a junção de equilíbrio e perfeição com adaptações para fãs e público em geral, afinal, Aquaman 2 é um filme divertido para assistir em família ou entre amigos.

Dito tudo isso, é possível afirmar que Aquaman 2 caminha dentro das quatro linhas seguras construída pela visão do diretor James Wan, não arrisca em nada, apenas continua uma linha principal sem tempo de fazer ramificações, isso torna o filme seguro e bastante parecido com o primeiro, com diferença da escalada da problemática, por ela ser maior em decorrência da eminente destruição do planeta e ressurgimento de uma ameaçar mais poderoso. O filme estreou nos cinemas do Brasil nesta quarta-feira, dia 20 de dezembro.

Fonte: O Barquinho Cultural

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