Infectologista explica os principais mitos e verdades sobre o vírus do HIV

No último mês do ano, a campanha Dezembro Vermelho ganha notoriedade ao alertar e conscientizar a população quanto aos riscos de contaminação do vírus HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), bem como reforçar a importância de combater a desinformação e o preconceito que ainda acomete os que convivem com a doença.

Sobre o tema, o médico infectologista Igor Queiroz, derruba alguns mitos sobre o HIV e as formas de transmissão e infecção do vírus. O profissional é professor do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país.

O HIV pode ser transmitido pelo contato casual

Sobre isso, o médico explica que o contágio só acontece “por meio de relação sexual desprotegida, compartilhamento de material perfurocortante e transfusão de sangue; já na gestação, a transmissão pode ocorrer no momento do parto ou da amamentação”. É importante destacar que não há contaminação ao abraçar, beijar (na boca ou no rosto) ou compartilhar copos e talheres.

O HIV pode ser curado por meios alternativos (dietas e terapias naturais)

”Até o ano de 2023, ainda não há cura disponível para o HIV”, afirma o médico. Ele reforça que, apesar dos avanços da ciência, o que existe é uma série de medicamentos que oferecem controle da proliferação do vírus no organismo e oportunizam uma vida normal ao paciente.

Pessoas que vivem com o HIV não podem manter relações sexuais

”Desde que façam o tratamento corretamente e mantenham a sua carga viral indetectável, a chance de transmitir o vírus é praticamente zero”, explica Igor Queiroz, professor do curso de Medicina da UnP/Inspirali. Em qualquer situação, ele orienta que o ideal é sempre utilizar meios de prevenção, como a camisinha.

Pessoas que convivem com HIV não podem ter filhos

Igor esclarece que pessoas com HIV podem ter filhos, desde que sigam rigorosamente o tratamento prescrito e alcancem a indetectabilidade na carga viral. “Com o uso dos medicamentos disponíveis e o correto acompanhamento médico, a chance de transmissão para o bebê é praticamente zero”, comenta o especialista.

A PrEP é uma excelente forma de prevenir o HIV

Chamada de Profilaxia Pré-exposição (PrEP), esta é uma modalidade de tratamento que é recomendada para quem não possui o diagnóstico do HIV e deseja reforçar a proteção ao vírus. “Qualquer pessoa maior de 15 anos, que se considera em maior risco de contágio, pode ter acesso a este tratamento, gratuitamente, no SUS. O seu uso, combinado com o acompanhamento constante no serviço de saúde, oferece maiores chances de prevenção ao HIV”, afirma o médico.

Imagem: Anna Shvets

Fonte: Assessoria de Comunicação/UnP

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