Partindo de um dito popular “quem vê cara não vê coração”, reconhecemos que a realidade social vivida pelas famílias acolhidas, pela Casa Durval Paiva, não é evidenciada, nem conhecida num primeiro atendimento social, muito pelo contrário, como cita José Paulo Netto, a realidade social é conhecida e reconhecida através de aproximações sucessivas.
A visita domiciliar é uma importante ferramenta de trabalho do assistente social, pois, é por meio desta, que nos aproximamos da realidade dos nossos usuários/assistidos, sejam eles pertencentes a qualquer classe social, posto que as expressões da questão social ocorrem nas diversas camadas da sociedade.
Longe de ser uma mera “visita” ou ação de “fiscalização”, trata-se de uma extensão do fazer da assistência social, é, na verdade, um atendimento direcionado e individualizado para conhecer, orientar, encaminhar e intervir nas mais diversas demandas, que, muitas vezes, não chegam nos atendimentos institucionais, pois são veladas, questões de violência e negação de direitos, por exemplo.
É importante estarmos munidos de atenção e visão crítica, pois nem sempre o que vemos é real e, outras vezes, o que não vemos também. A situação é complexa e de extrema relevância no fazer social, por esse motivo, muitas famílias passam a receber visitas periódicas e sistemáticas, e através de cada aproximação, nos deparamos com diversas questões e situações.
Nesse momento, é salutar o profissional se despir de toda e qualquer concepção individual e singular, para que possa cumprir o que está no código de ética do assistente social, que traz, como princípios fundamentais, a liberdade como valor ético central, o respeito e a dignidade aos usuários e assistidos.
Por esse motivo, nem tudo que parece é e, pensando nisso, nossa ação profissional não deve ser pautada em “achismos” ou pressuposições e sim numa atuação ética, crítica e direcionada para atender e acolher as mais diversas demandas.
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Fonte: Assessoria de Comunicação/CDP