Marvel’s Spider-Man: Comando Silver (PS4) é um ótimo final, mas que poderia ter rendido mais

Último DLC do pacote Cidade Que Nunca Dorme termina de maneira satisfatória a nova história e nos faz desejar por mais aventuras e vilões.

Enfim chegou dezembro, e com ele a última parte do pacote de expansão de Marvel’s Spider-Man (PS4). Comando Silver é o desfecho do pacote Cidade Que Nunca Dorme, e trouxe o desfecho da batalha entre o nosso destemido herói rastejante e o gângster Hammerhead, após os eventos mostrados em O Assalto e Guerras Territoriais.

Aliança Improvável

O destaque aqui é a participação de Silver Sable. Ainda não se sabia se ela seria uma inimiga de fato ou uma parceira às avessas, como Black Cat. Porém, seu papel na trama, além de importante. nos faz até torcer por ela. Apesar de ser tão corrida quanto sua antecessora, essa DLC se aprofunda muito mais no desenvolvimento dos personagens, tanto nas missões principais quanto nas secundárias (não daremos spoilers aqui). O desdobramento da relação entre Spider e Sable é vital para que a história não perca seu ritmo.

Quem também merece reconhecimento é Hammerhead, o antagonista. A revitalização dada a ele pela Insomniac o tornou em um personagem tão interessante quanto todos os outros vilões que apareceram durante a aventura central. É uma pena que o roteiro desenvolvido para essa expansão tenha sido apresentado de maneira tão curta, pois com certeza poderia ter sido desenvolvido em algo mais duradouro e elaborado.

Mais do mesmo

Novamente as missões extras que aparecem pelo mapa se tornam repetitivas. Os objetivos secundários são interessantes e também adicionam um tempero à narrativa, mas o restante chega a ser raso demais. Além dos cinco crimes para serem resolvidos em cada território, as missões de base retornaram, assim como os desafios da Screwball.

Por falar em Screwball, se por um lado seus desafios rendem fichas que são importantes incrementos, ter que escutar seus comentários a cada ação se torna irritante. A missão final, em que ela tem que ser perseguida e capturada, vale a pena apenas pela satisfação dela sumir de fato.

Outra fórmula que foi usada de novo foi a de trazer dois trajes dos quadrinhos e um mais “alternativo”. Dessa vez os escolhidos foram Spider-Man Ciborgue, a armadura usada por Aaron Aikman e o uniforme usado na animação Homem-Aranha no Aranhaverso (idêntica à a original que já conhecemos), que estreou esse mês nos cinemas dos Estados Unidos. De novo elas não possuem poderes, mas pior ainda é que elas também não têm nenhum carisma. Talvez a armadura seja a melhorzinha, por ter o design mais diferenciado, mas nada além disso.

A cidade pode dormir em paz

Marvel’s Spider Man: Comando Silver é um merecido encerramento para uma aventura que, apesar de muito curta, mostra que o jogo tem muito potencial para receber outras expansões ou até mesmo uma continuação. Porém, agora analisando o pacote como um todo, valeria muito mais a pena lançar um arco completo do que separá-lo em episódios. Assim ele poderia ser muito mais otimizado, a fim de evitar bugs, como em O Assalto, e as missões secundárias e objetivos extras seriam muito mais bem distribuídos.

Com todas as partes já foram lançadas e falhas corrigidas, recomendamos a experiência que essa DLC traz tanto para os fãs do Spider-Man, quanto para quem quer explorar Nova Iorque mais uma vez.

Prós

 

Contras

Marvel’s Spider-Man: Comando Silver — PS4 — Nota: 8,5

Análise produzida com cópia digital cedida pela Sony
Revisão: Francisco Camilo
Fonte: PlayStation Blast
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