No grito

Sabemos que existem pessoas que falam baixinho, outras que parecem um auto-falante quando chegam nos lugares. E existem aquelas que querem conseguir as coisas no grito. Descobri com o passar do tempo que Deus é capaz de ouvir o gemido mais sutil de uma oração.

Não tente ganhar nada de Deus no grito. Não o convenceremos pelos “decibéis” da nossa oração. O que irá prevalecer será a sinceridade do coração. A real necessidade do pedido. Ele consegue ver até a oração que eu não faço. Ele ouve minha oração quando verbalizo e quando fico em silêncio.

Qual é o tamanho da oração que pode gerar uma intervenção de Deus? Quarenta dias? Ou poucos segundos?

Vai depender de quanto tempo se tem para esperar. Vai depender do que Deus quer me ensinar nesse intervalo de tempo.

A Bíblia nos mostra no evangelho de Mateus 14:30 que Pedro, ao afundar depois de andar sobre as águas, ora assim: “Senhor, salva-me”. Nesta oração, a mais curta registrada na Bíblia, Deus nos mostra sua prontidão e intervenção e a necessidade real do pedido de Pedro.

Para cada tipo de fé existe uma possibilidade de oração:

Orar é dialogar com Deus. Mesmo quando não conseguimos entender o porquê das coisas.

A oração reflete o que somos através das palavras proferidas. Ela fala das nossas necessidades básicas ou dos desejos mais supérfluos do coração. Na oração silenciosa ou verbalizada rompemos o silêncio da alma que grita: ‘Dá-me outra chance de fazer as coisas diferentes”.

Sei bem que existem muitas orações sem respostas. Mas ainda assim acredito que ela seja necessária. Não oramos apenas para receber “sim”, mas para estabelecer um relacionamento com aquEle que ouve e conhece as nossas reais necessidades.

Imagem: “Oração” – Acrilica e Carvão sobre papel cartão – Autor: Luciano Luz (clique aqui e saiba mais)

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