O secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Pedro Florêncio, que assumiu o cargo recentemente, elogiou o trabalho realizado por seus antecessores no sentido de manter o controle dos presídios potiguares. Mas, enfatiza que o Rio Grande do Norte não segue o que determina a lei e que precisa implantar uma “política de atenção ao encarcerado”.
“O Estado tem obrigação de trazer àqueles que estão privados de liberdade assistência jurídica, médica, educacional, psicossocial e religiosa. Além de manter os presos, também temos que entrar com essas ações. O que acontece aqui no RN e na maior parte do Brasil é que o sistema se preocupa muito só em encarcerar pessoas. Há uma política muito forte de encarceramento no Brasil, e não existe uma política de atenção ao encarcerado”, disse Florêncio em entrevista publicada na Tribuna do Norte deste domingo (24).
Ainda de acordo com o secretário, “existem ilhas de excelência, estados que desenvolvem uma política muito boa. Aqui do lado temos o Maranhão, que é um exemplo disso. Também Santa Catarina e Minas Gerais, e vamos tentar conhecer o que está dando certo e implementar também no RN. A gestão anterior conseguiu colocar o sistema prisional sob controle com essa metodologia de trabalho que vamos manter. Mas estamos devendo um pouco essa questão que a lei determina, que o Estado precisa ter. Para isso precisamos de material humano e estrutura física”.
Sobre estrutura física, o secretário explicou que os presídios precisam de espaços destinados a salas de aula e oficinas de trabalho, para que os presos possam aprender uma profissão.
Fonte: Grande Ponto
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