Crônicas da Velha Ribeira (51)

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O início dos anos 1960 foi marcado por uma formidável expansão no mercado financeiro desta cidade dos Reis Magos, porque foi nessa época que começaram a se instalar aqui filiais de bancos que nunca tinham operado na praça.

Até então, aqueles estabelecimentos de crédito se localiza, em sua totalidade, aqui nesta Velha Ribeira. O Banco do Brasil funcionava no prédio onde hoje está a Receita Federal, na Av. Duque de Caxias, vizinho às suas atuais instalações; o extinto Banco do Rio Grande do Norte, na esquina da Av. Duque com a Av. Tavares de Lira e o Banco do Nordeste, na praça Augusto Severo, esquina com travessa Aureliano.

O Banco do Povo era localizado no prédio onde atualmente tem sede esta Tribuna do Norte, na esquina da Av. Duque de Caxias com a Rua Nísia Floresta.

Na Rua Frei Miguelinho, operavam o Banco do Estado de São Paulo; o Bancaldo, do Dr. Aldo Fernandes Raposo e o Banco Auxiliar do Comércio, do Senador Jesse Freire. O Banco da Lavoura de Minas Gerais, era instalado na Av. Duque de Caxias. Na Rua Dr. Barata, funcionava a Cooperativa Central de Crédito, do Professor Ulisses de Góis.

Mas foi em 1962 que a coisa começou a mudar, com a chegada aqui do Banco Nacional do Norte, que se instalou na Av. Rio Branco, na Cidade Alta.

Em seguida, aportaram aqui – também com filiais naquele centro – o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, o Banco Industrial de Campina Grande, o Banco Auxiliar de São Paulo, o Econômico da Bahia, o Banco do Comércio da Paraíba. Porém, nessa época, os recém chegados Nacional de Minas e Comercio e indústria de Minas optaram pelo velho bairro e o primeiro se instalou no Edifício Bila enquanto que o segundo implantou sua filial na esquina da Av Tavares de Lira com a Rua Frei Miguelinho. Posteriormente, o Nacional se mudou para a Cidade Alta, ocupando o prédio da esquina, na praça Kennedy.

Muitos dos gerentes dessas casas de crédito se destacaram entre os demais e “escreveram” seus nomes na memória de muitos natalenses: “Seu” Octávio, do Banco do Brasil, assim como Antônio Lins – um sub-gerente que tinha poderes equivalentes – “seu” Renato, do Banco do Estado de São Paulo (atualmente Santander); Jaime Dias, do Banco do Povo: Cleunício Holanda e Clóvis Pacheco, respectivamente do Banco Nacional do Norte e Banco de Crédito Real, Rômulo Carneval, do Bandeirantes , que “engoliu” o banco paraibano onde ele era gerente e Abreu Jr, hoje titular da maior imobiliária da cidade, fizeram por merecer o respeito de seus clientes, amigos e conhecidos.

Naqueles tempos, um gerente de banco tinha mais poderes e muito mais liberdade de ação, completamente diferente do que acontece hoje, devido aos rígidos controles que os bancos passaram a exercer sobre esses executivos, à partir do advento dos modernos sistemas de informática, que se modernizam constantemente.

Todavia, vieram p´ra cá uns “aventureiros” que ocuparam cargos semelhantes e, ao contrário daqueles, deixaram um registro informal pouco recomendável, com recordações não muito boas sobre atividades, digamos, pouco ortodoxas durante suas efêmeras passagens pela cidade…

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