Escritos da Alma

O vácuo físico e o espaço imaterial - Fotos: #fláviorezende

Acordo cheio de energia depois de dias de Netflix, convivência familiar, padaria, delivery e, visto minha carapuça de jornalista, compreendendo o momento histórico, onde nunca antes na história do planeta Terra houve uma retração humana tão intensa, a nível global, lembrando que pontualmente por causa de guerras, terrorismo e até vírus, ocorreram restrições pontuais geográficas.

Agora não, o tal Corona avançou de tal forma que ampliou babado e obrigou sapiens a voltar as cavernas.

Devidamente abrigado no recôndito da caverna, empunhou escudo contra perigo invisível, acreditou nas recomendações e tratou de se acomodar no lar.

Mas o momento é mágico, diferente, nunca antes experienciado, é a volta ao ventre verdadeiramente global, a primeira experiência planetária coletiva de reconhecimento sem contestação.

Vai ter problema econômico, fome, desemprego, mil e uma dificuldades, vai sim, mas ninguém em sã consciência pode dizer não as decisões governamentais.

Apesar disso, cremos que passará, aí entra o papel do jornalista, do fotógrafo.

O vácuo físico e o espaço imaterial – Fotos: #fláviorezende

Assim como estamos na guerra, no meio das balas perdidas, devemos estar registrando o vácuo, as ruas vazias, os médicos na luta.

Sem nós não existirá memória, história, a prova cabal, a comprovação incontestável.

Me somo – apesar do perigo, ao exército do bem dos memorialistas, dos jornalistas, cinegrafistas, produtores, vídeo makers, e tantos outros documentaristas da vida em movimento.

Acordei cedo, registrei praças, ruas, avenidas praias, sem me aproximar de pessoas, mantendo distância, obedecendo regras, para poder ofertar um pouco de história, de onde vivo, uma cidade pequena, esquina do continente brasileiro, Natal, num dia quente, de muito sol, vi policias trabalhando, natureza intacta vibrando, espaços urbanos sem movimento, vi a vida de maneira nunca antes vista.

Seguimos, estando vivo e saudável produzo, deixo história, memória, algo que pode a alguém servir.

Luzzzzz.

Flávio Rezende aos vinte e três dias, terceiro mês, ano dois mil e vinte. 13h56. Praia de Ponta Negra.

Mais no www.blogflaviorezende.com.br

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Crédito das Fotos: Arquivo Pessoal

 

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