Startup será a primeira de alta tecnologia em metais especiais no RN

Publicidade

A RN Materiais é o primeiro passo para o Rio Grande do Norte desenvolver alta tecnologia aplicada ao seu mineral mais importante, a Scheelita do Seridó, como também a Tantalita-Columbita, depois de décadas de exploração apenas mineral. É o que destaca o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Uílame Umbelino Gomes, ao falar sobre a importância da RN Materiais, startup selecionada na etapa final do Projeto Centelha no Rio Grande do Norte, iniciativa promovida pelo Sebrae.

“A ideia do projeto é o desenvolvimento tecnológico dos metais refratários Tungstênio, Molibdênio, Nióbio e Tântalo, além de seus carbetos e nitretos, através de uma nova tecnologia que permite a obtenção desses materiais particulados em escala nanométrica. E numa etapa mais avançada, aplicações na produção do chamado metal duro (WC-Co), ligas especiais, capacitores elétricos, como Nióbio e Tântalo, além de catalisadores. A RN Materiais será a primeira startup de alta tecnologia em metais especiais e seus compósitos no Rio Grande do Norte, agregando valor a nossa matéria prima mineral”, explicou o docente. Junto à Umbelino, compõem o grupo os cientistas Carlson Pereira de Souza, André Moriyama, Camila Pacelli e Maria José dos Santos Lima.

Eles integram um grupo de pesquisa vinculado a dois programas de pós graduação: o de Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM), único na UFRN com conceito máximo na Capes, e o de Engenharia Química (PPGEQ).

Lembrando que a tecnologia desenvolvida que é objeto dos serviços da startup foi patenteada junto a UFRN, Umbelino Gomes frisou ainda que os principais laboratórios condutores dessa pesquisa são o Laboratório de Materiais Cerâmicos e Metais Especiais, do Departamento de Física, coordenado por ele, bem como o Laboratório de Termodinâmica e Reatores do Departamento de Engenharia Química, coordenado pelo professor Carlson Pereira.

Citando o exemplo da China, país que há dois anos baixou um decreto proibindo a exportação de minério, passando a só vender produtos com tecnologia agregada, ele enfatizou a necessidade de um esforço para deixar apenas de comercializar matéria prima, ou commodities, para passar a vender produtos com valor agregado.

“O professor Carlson e eu formamos uma parceria que tem início na década de 1990 e que dura até hoje, onde foram produzidos várias dezenas de trabalhos científicos, patentes e a formação de mestres e doutores que hoje atuam nesta área, tanto em universidades do Brasil como no exterior. Especificamente para esta iniciativa aprovada no Centelha, inicialmente teremos uma produção em escala piloto para então chegar à escala industrial. O caminho do empreendimento será o nascimento da empresa na Incubadora de Empresas do Centro de Tecnologia da UFRN e, posteriormente, sua transferência para o Parque Tecnológico”, frisou Umbelino Gomes.

Imagem: Reprodução

Fonte: Agência de Inovação/UFRN

Sair da versão mobile