“A ideia era limitar o número de contratações para evitar que os clubes gastassem rios de dinheiro com a contratação de atletas. Ela tinha a intenção de equilibrar as forças em decorrência da diferença do peso financeiro dos grandes clubes em relação aos menores. Mas da forma como estava proposta iria obrigar a FNF a criar uma junta médica para avaliar os pedidos de substituição na lista, que só poderia ser realizada em caso de contusão de algum jogador”, explicou José Vanildo.
A obrigação de ter pelo menos seis jogadores com idade igual ou inferior a categoria Sub-23 no elenco está mantida. Essa medida também interferiu no descarte da limitação no número de inscrições, uma vez que os melhores jogadores das categorias inferiores de ABC e América vão estar disputando a Copa São Paulo, quando o Campeonato Potiguar iniciar, no próximo dia 9 de janeiro.
“Com essa exigência e a limitação no número de inscritos, esses dois clubes seriam penalizados. Eles vão levar para Copa São Paulo os seus melhores jogadores até o Sub-19, então os clubes estariam obrigados a queimar algumas inscrições para cumprir com a determinação de relacionar os seis atletas dessa categoria para os jogos do Estadual. Não seria justo”, ressaltou o presidente da FNF.
Com relação a formatação da tabela, o maior problema foi o grande número de clubes com mando de campo em Natal, sendo a maior parte deles concentrados na Arena das Dunas. A Prefeitura de Goianinha colocou o estádio Nazarenão à disposição da federação para abrigar os mandos de campo de Santa Cruz e Força e Luz. Todos os participantes indicaram dois estádios como praças para receberem os seus jogos.
O presidente do Força e Luz, Ranilson Cristino, se sentiu prejudicado pelo fato de o clube ter de fazer quatro jogos como visitante no primeiro turno.
“Querem rebaixar o Força e Luz. Fizeram a tabela colocando nosso time para enfrentar, logo no turno inicial, ASSU, Potiguar, Globo e ABC como visitante. É justamente neste início de competição, quando os clubes estão enfrentando a fase de ajustes, que os pequenos podem arrancar pontos dos grandes. Mas não tem nada, vamos provar que somos mais fortes e não deixaremos eles nos rebaixar”, protestou Ranilson.