O novo capítulo da franquia Premonição trouxe uma conjuntura bem peculiar, ao colocar uma família na mira da morte, EmLaços de Sangue, sexto filme desse universo, os diretores Zach Lipovsky e Adam B.Stein, diverte e surpreende na mesma medida sem deixar o filme monótono.
A critério de regra, Premonição nunca fugiu dos pontos estabelecidos desde o primeiro filme lançado em 2000, com a dinâmica de interrupção dos planos da morte a partir de uma visão, seguindo da morte de cada sobrevivente.
Em Laços de Sangue, essa dinâmica se manifesta de forma diversa, porque dessa vez o acidente habitual acontece dentro de uma linha temporal diferente da apresentada no filme, ou seja, no passado. Iris Campbell interpretada por Brec Bassinger, consegue salvar várias pessoas de uma tragédia num restaurante em uma torre. Depois disso, ela segue a vida de forma isolada para sobreviver das investidas da morte durante parte da vida.
A cena de abertura no início é incômoda, e caso haja alguém com fobia de altura é melhor repensar se vale a pena assistir. No sumo, é uma das melhores aberturas da franquia porque não há chances de sobreviver, e as mortes são dinâmicas e o espaço inteiro é bem aproveitado.
Mas isso é apenas o começo do filme, o resto se passa no presente na qual a família da sobrevivente é apresentada. Dentro dessa dinâmica, a Stefani Lewis, interpretada por Katlyn Santa Joana, começa a sonhar com o acidente a qual sobreviveu a sua avó.
Então, novamente surge a ramificação e as linhas principais da regra da morte, com os personagens colocados no devido lugar na linha cronológica que deveriam morrer, e as justificativas para essa carnificina explicada de maneira orgânica. E funciona muito bem, essa nova parte faz a história ser palatável, sem exageros ou com exageros, mas com explicações bem aceitáveis, as justificativas da própria franquia para evidenciar a problemática são usadas de maneira, digamos, inteligente.
Um ponto bem trabalhado é o humor, porque a direção entende a essência da franquia, e explora isso em diálogos e situações que são bem divertidas, além do fato de nada ser tão levado à sério. No fim, é uma grata surpresa ver o quanto é legal tudo aquilo que foi de fato pensado e executado durante o filme, nada é ruim o suficiente para tirar a diversão, ou levado a sério demais a ponto de incomodar.
Laços de Sangue é sobre como cada personagem vai ser morto, quais meios serão usados pela morte para finalizar cada sobrevivente, e tudo isso é divertido, engraçado e chocante. O filme entra em cartaz nesta quinta-feira (15), nos cinemas de todo o Brasil.
Fonte: O Barquinho Cultural