O novo secretário de Planejamento e Finanças do Rio Grande do Norte, Aldemir Freire, afirmou que o governo recém-eleito ainda não possui previsão para anunciar o calendário de pagamentos dos servidores. A declaração foi dada durante posse da governadora eleita Fátima Bezerra (PT), nesta terça-feira, 1º.
“A governadora tem dito que a prioridade é o salário dos servidores e é isso que vamos enfrentar. Queremos que o servidor tenha um mínimo de previsibilidade, embora reconheçamos que não dá para anunciar um calendário ainda. Em algum momento precisaremos discutir as formas de como vamos negociar e pagar esses débitos”, disse.
De acordo com Freire, a crise fiscal teve tamanho impacto que as simulações feitas durante o período de transição apontaram que, se nada for feito, todos os meses de 2019 terão saldo negativo.
“É impossível resolver esse quadro fiscal em 12 meses. A governadora ganhou a eleição para governar por quatro anos. Vamos enfrentar essa questão nesse período. Uma parte se equaciona antes e a outra depois”.
Aldemir Freire explicou que a análise realizada pela equipe de transição projetou um passivo de R$ 420 milhões para dezembro; de outros R$ 420 milhões para o 13º de 2018; mais R$ 90 milhões da folha de novembro, e R$ 50 milhões para o 13º de 2017. Ele avaliou que seria impossível resolver este rombo de uma vez.
“Dá praticamente R$ 1 bilhão. Se a gente fosse saudar toda essa dívida de uma vez, o Estado teria que passar um mês só nisso; sem transferir recursos para os municípios, sem pagar os fornecedores ou o salário do mês, sem transferir o duodécimos para os outros poderes… É inviável fazer um pagamento de tudo isso”, contou o novo titular da Seplan.
Fonte: Agora RN
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