Um dos maiores personagens dos quadrinhos e mais icônicos do mundo, o Batman, criado por pelo escritor Bill Finger a partir dos esboços do desenhista Bob Kane, aparecendo pela primeira vez na revista Detective Comics #27 (maio de 1939) com o nome “Bat-Man”, tendo inspiração em um esboço de Leonardo Da Vinci, e também em heróis pups como Zorro e O Sombra e o filme The Bat.
Mas foi amplamente aceito quando Finger decidiu na formação de postos-chaves do herói, como a capa, o capuz, os personagens coadjuvantes como a Batcaverna, o Batmóvel, as roupas negras, o nome civil “Bruce Wayne”, o nome e a temática sombria de Gotham e a maioria dos equipamentos que consagraram o Batman, evoluindo-o de um mascarado estereotipado para um dos super-heróis mais lucrativos de todos os tempos.
O personagem que dedicou sua vida a uma cruzada sem fim, contra uma guerra à todos os criminosos em nome dos assassinados de seus pais, que foram tirados dele ainda quando era apenas um garotinho, em uma noite fria e trágica. Desde então, o jovem Bruce Wayne treinou seu corpo e mente para a quase perfeição física para ser um super-herói, além desenvolver um arsenal tecnológico superior ao do exército.
O bilionário playboy durante o dia, leva uma vida dupla de Bruce Wayne lhe dando o conforto de uma vida sem preocupação financeira, um mordomo leal que virou guardião e a base perfeita de operações na antiga rede de cavernas sob a propriedade extensa de sua família. À noite, no entanto, ele se livra de toda pretensão, veste sua icônica capa recortada e capuz pontudo e vai para as ruas, céus e telhados sombrios de Gotham City.
Batman acabou se tornando um dos heróis mais populares, e em 1940 acabou ganhando sua própria revista em quadrinhos, que se progrediram, foram surgindo divergências sobre a interpretação do personagem. No final dos anos de 1960, a série de televisão Batman usava uma estética capa, que continuou a ser associada ao personagem muitos anos após o fim da série.
O Cavaleiro das Trevas teve diversos criadores que ajudaram a desenvolver o personagem de suas raízes sombrias, culminando com The Dark Knight Returns (1986), de Frank Miller, seguido por Batman: The Killing Joke (1988), de Alan Moore, e Arkham Asylum: A Serious House on Serious Earth (1989), de Grant Morrison. Apesar dessa decisão radical, o sucesso cinematográfico Batman da Warner Bros. ajudou a manter o interesse do público no personagem.
Mas através dos anos diversos quadrinhos foram publicados ininterruptamente desde maio 1939, passando por várias revistas diferentes e desenhadas por muitos artistas. Alguns deram sua modificação, enriquecendo o universo do morcego, porém mantendo a origem da história clássica, para assim seguir ganhando destaque e lembrado por seus fãs e crítica especializada.
Entre os principais autores destacam-se Bill Finger, Bob Kane, Jerry Robinson, Dick Sprang, Sheldon Moldoff, Neal Adams, Dennis O’Neil, Marshall Rogers, Doug Moench, Frank Miller, Jim Aparo, Alan Grant, Norm Breyfogle, Chuck Dixon, Graham Nolan, Jim Lee, Grant Morrison, Frank Quitely, Alan Moore, Tom King, Scott Snyder, Greg Capullo, James Tynion IV e Steve Englehart.
Além das adaptações em outras mídias, na qual o Batman já foi interpretado tanto no cinema como na televisão por Lewis Wilson, Robert Lowery, Adam West, Kevin Conroy, Michael Keaton, Val Kilmer, George Clooney, Christian Bale, Ben Affleck e Robert Pattinson.
Neste ano de 2024 o herói completa 85 anos, e na história de Hollywood, ele foi o primeiro herói dos quadrinhos a ser consagrado na Calçada da Fama de Hollywood, ganhado nesta quinta-feira (26). Batman ocupou a 2.790ª estrela no hall reservado para grandes estrelas com direito à cerimônia, além dessa honraria, o personagem da DC Comics também recebeu o título do Guinness World Records como primeiro herói a ter um lugar reservado entre as estrelas.
Lúcio Amaral é jornalista e advogado pós-graduado em Direito e Processo Trabalhista. Certificado de Estudos Aprofundados em Psicanálise. Ganhador do II Prêmio de Rádio e Jornalismo em Saúde e Segurança do Trabalho, promovido pelo MPT em 2008.
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