O Governo do RN e o Banco do Nordeste firmaram convênio nesta sexta-feira (27) para modernizar e difundir o Projeto do Algodão Agroecológico Potiguar (PAAP), com o fortalecimento da cotonicultura em bases agroecológicas, promovendo capacitação, agroindustrialização e aumento da área plantada.
O objetivo é estabelecer o Rio Grande do Norte como um dos principais produtores de algodão agroecológico do país, incrementando a renda das famílias com a comercialização de produtos certificados.
Com duração de 18 meses, o projeto será coordenado e executado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte (Sedraf), em parceria com o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (Emater-RN), Cooperativa de Comercialização Solidária Xique-Xique (CooperXique) e a Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Potengi (Coopotengi).
“Essa agenda é inspiradora porque estamos falando de esperança e, sobretudo, da confiança em dias melhores. Com essa parceria vamos ampliar a área de produção e isso significa mais trabalho e mais renda para homens e mulheres”, celebrou a governadora Fátima Bezerra.
Pelo convênio, serão repassados R$ 2,2 milhões, dos quais 1,8 milhão pelo Banco do Nordeste e o restante pelo Governo do Estado. “Esse é um projeto de recursos não reembolsáveis, ou seja, são recursos que não serão pagos pelos beneficiários. Nós vamos financiar assistência técnica a produtores de algodão agroecológico da região Oeste Potiguar. Financiaremos maquinário para os agricultores e também duas grandes unidades de processamento do algodão”, informou o diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, Aldemir Freire.
Qualificação
“O convênio com o Banco Nordeste vai além de máquinas. Também será financiada toda a parte de formação e capacitação profissional. Serão mais de 45 eventos que vão envolver agricultores e técnicos e várias organizações da EMATER. Vamos montar duas unidades de beneficiamento do algodão. Isso tem um impacto positivo muito grande”, explicou o secretário da Sedraf, Alexandre Lima.
Segundo ele, a renda gerada pela partilha do algodão teve aumento expressivo nos últimos três anos, passando de R$1,2 milhão para mais de R$ 6 milhões. “Esse projeto colocará o algodão agroecológico em outro patamar”, prevê Alexandre.
O algodão do projeto tem mercado garantido. A produção é vendida antes mesmo do plantio. “Temos empresas multinacionais que fazem pré-contrato de compras do algodão. Então as famílias plantam já sabendo preço e para onde vai escoar a produção”, assegura.
“A meta do governo da professora Fátima é chegar a 26,3 mil hectares plantados, tornando o Rio Grande do Norte o maior produtor de algodão sustentável do Brasil. Essa é nossa meta e caminhamos em passos largos para alcançá-la.”
Objetivos específicos
- Aumentar a área plantada da agricultura familiar no Rio Grande do Norte com implantação de 750 hectares de algodão agroecológico.
- Realizar 40 cursos de manejo agroecológico do algodão para agentes de ATER e produtores e produtoras rurais.
- Estruturar duas cooperativas para realizar o beneficiamento do algodão e processamento de sementes.
- O PAAP é uma ação do Governo do Estado do RN, realizada pela Emater-RN e Sedraf, em parceria com a Embrapa e diversas instituições, como Instituto Riachuelo, Sebrae, Diaconia, Rede Xique-Xique, Instituto Casaca de Couro, Acopasa, Rede Santa Luzia, Veja, entre outras.
- O Programa já se configura como a maior iniciativa do Brasil em bases agroecológicas.
- Lançado em dezembro de 2021, se diferencia pela distribuição de sementes agroecológicas, assistência técnica, certificação agroecológica e garantia de compra por empresas parceiras nacionais e internacionais. E também pelo cultivo consorciado com cultivos alimentares, como milho, feijão, arroz, sorgo, gergelim, entre outros;
- Em 2024, o projeto atende 1000 famílias, distribuídos em 111 municípios, com estimativa de produção de 700 toneladas.
Imagens: Carmem Felix
Fonte: Assecom/RN
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